JANELAS MAIS QUE INDISCRETAS: WOOLRICH E HITCHCOCK EM CONFRONTO
DOI:
https://doi.org/10.48075/rlhm.v7i10.5901Palavras-chave:
Janela indiscreta, Cornell Woolrich, Alfred Hitchcock, literatura e cinema, cultura visual.Resumo
Considerado uma verdadeira aula de cinema, já que é um filme que remete à própria arte cinematográfica, Janela indiscreta (Rear window), dirigido por Alfred Hitchcock em 1954, teve como base para o roteiro de John Michael Hayes o conto "Tinha que ser assassinato" ("It had to be murder", 1942), de Cornell Woolrich. Reconhecido como um dos maiores escritores do gênero policial noir, Woolrich professava a "poética da falência, [...] levando progressivamente ao centro do quadro a angústia da vítima, contrapondo-a à mecânica indiferença de uma sociedade que não se incomodava com sua sorte. " (OLIVA, 2003, p.116-7). O filme obteve um grande sucesso de público e crítica, mas o mesmo não aconteceu com o conto, que se tornou conhecido somente após sua adaptação para o cinema. A proposta deste trabalho é fazer uma análise comparativa entre os dois textos, procurando destacar os seguintes aspectos: 1) a caracterização dos gêneros noir (quando a investigação não é mais um jogo para mentes refinadas, como era na narrativa policial clássica) e do suspense (narrativa tensional que se caracteriza pelo adiamento da resolução do enigma), tanto na narrativa literária como naquela cinematográfica; 2) a questão da autorreferencialidade, presente no filme e no conto através da metaficção; 3) o problema da transposição do ponto de vista em primeira pessoa do conto para a narrativa cinematográfica; 4) os diferentes desfechos, procurado ressaltar em que medida indicam visões de mundo também divergentes.
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