ENTRE O INFERNO E O PARAÍSO: A CIDADE EM PARQUE INDUSTRIAL
DOI:
https://doi.org/10.48075/rlhm.v8i11.6512Palavras-chave:
Modernismo, Literatura Brasileira, Cubismo, CidadeResumo
Este trabalho objetiva analisar a construção narrativa de Parque industrial (1933) de Pagu, tentando evidenciar que a obra é pertinente em relação a alguns procedimentos modernistas de artistas vinculados à Semana de 1922, como aproximar a estética pictórica da literária, bem como averiguar as relações entre as personagens e o contexto urbano à sua volta: uma São Paulo que, tendo crescido vertiginosamente, se constitui, no presente da narrativa, em um espaço em que se nota uma verdadeira luta de classes: de um lado, a burguesia, detentora do capital, e, de outro, a massa proletária cuja força de trabalho proporciona os meios para a ostentação que os burgueses paulistas imprimem ao seu modus vivendi. Nesse sentido, a cidade retratada na obra é uma capital ambígua, pois tanto é um local densamente modernizado quanto constitui um espaço de opressão e exploração da maior parte de seus habitantes, configurando-se, portanto, como um contexto citadino que não cumpriu as promessas que veiculou, de modo que a esperança com a modernização da cidade, da qual tanto o êxodo rural quanto as imigrações são exemplos, cede espaço ao desencanto com os rumos socialmente excludentes que essa cidade moderna tomou. Pretende-se, com apoio de bibliografia especializada sobre o diálogo entre formas artísticas modernas (TELES, 1983) e sobre a questão cidade/literatura (GOMES, 1994) e (RONILK, 2004), verificar por quais modos a literatura dialoga com outra forma artística ao mesmo tempo em que registra o supracitado processo de desencantamento com relação às promessas da cidade.
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