POR QUE PROCURAMOS OS ROMANCES? OS CAMINHOS DA ANTROPOLOGIA DA ARTE
DOI:
https://doi.org/10.48075/rt.v4i8.2397Palavras-chave:
Narrativa contemporânea, antropologia da arteResumo
No terreno deslizante entre os limites do saber e a liberdade das narrativas ficcionais, esta comunicação expõe três ângulos de observação que nos levam à idéia de que a literatura provoca estranheza enquanto “sentimento do real”, dando a existir o que não existe. Para isto, recorro a algumas pistas sugeridas para o estudo da arte, propostas pela antropologia. Enfatizo esses três ângulos como um recurso metodológico para visualizar melhor o que está em jogo nesta questão, pois eles são como anéis concatenados, que cercam e enfeixam esse paradoxo. O primeiro são as condições de possibilidades do surgimento do romance como uma nova forma de ficção, que se constitui na indagação sobre os limites entre o real e o ficcional, indagação que é paralela à filosofia do conhecimento. O segundo são os desdobramentos dessa demarcação, que tomam a ficção como ponto de partida para auxiliar na compreensão do real e do social e o terceiro, aponta alguns modos de interação do leitor com as narrativas.
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