A ILUSÃO DA MORTE COMO LIBERTAÇÃO EM A REDOMA DE VIDRO, DE SYLVIA PLATH
Palavras-chave:
Autobiografia, Sylvia Plath, Literatura, SuicídioResumo
Este artigo tem como objetivo apresentar como o romance A Redoma de Vidro, da escritora norte-americana Sylvia Plath, dialoga com as teorias do filósofo Arthur Schopenhauer. Conhecido como pessimista, o estudioso afirma que o suicídio não é a solução para fugir da vida que, para ele, é sinônimo de dor e sofrimento. Na narrativa de Plath, sua personagem principal, Esther, conta sua própria história. Como os acontecimentos ocorridos com a protagonista, muitas vezes, coincidem com as vivências da escritora, o romance adquiriu caráter autobiográfico. Para Schopenhauer é possível observar o lado obscuro do ser humano quando este se dispõe a escrever uma autobiografia, pois ele coloca em evidência mesmo o que seria digno de ser escondido, como inveja, ódio, rancor, traumas, tristeza. A personagem Esther, então, revela seus sentimentos mais profundos. Devido a seu estado depressivo, ela tenta suicídio algumas vezes, na terceira tentativa, é encontrada desacordada, dopada por comprimidos e por isso, é internada em um hospital psiquiátrico. As ideias de Esther/Sylvia coincidem com as de Schopenhauer em muitos aspectos. Como ele, ela considera a vida um fardo. O próprio nome do romance propõe seu sentimento de estar presa, sufocada, como se algo a obrigasse a permanecer viva, mesmo a vida sendo insuportável. No entanto, sua forma de refúgio é a morte, o que para Schopenhauer seria uma ilusão. Para ele, quando um ser morre, tudo continua, a vontade de viver permanece e o sol não para de brilhar.
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