A Materialidade no Caminho da Efetivação do Espírito na Filosofia de Hegel

Autores

  • Pedro Geraldo Aparecido Novelli

DOI:

https://doi.org/10.48075/rtc.v16i32.8801

Palavras-chave:

pressuposto, primazia, efetivação, história.

Resumo

A identificação de Hegel com o idealismo não pode ser tomada como determinaçãoabsoluta, nem delimitação fechada de sua filosofia, pois deve-se lembrar que se trata de umpensamento dialético ou, melhor ainda, especulativo. Nesse sentido não se pode excluir apertinência do momento da materialidade para Hegel que não é mera contingência, masoposição realizadora do Espírito. Este não pode ser o que é se não assume a materialidade eesta, por sua vez, não se efetiva se não é suprassumida naquele. A totalidade afirmada porHegel no Espírito absoluto significa precisamente o estabelecimento da relação entre osopostos que conhecem e se reconhecem um ao outro e um no outro enquanto um outro desi que é como um si mesmo. O Espírito somente se eleva a si mesmo ao se determinar na epela matéria sendo que ao ser determinado, o próprio Espírito se determina e não pode fazêlosenão em seu outro, ou seja, a matéria. Esta igualmente se determina enquanto é conceituadaalém de si, que, contudo, é um pôr de si mesma. Se tanto Espírito quanto matéria seconstituem um pelo outro, então a primazia de um sobre o outro somente pode ser entendidacomo um resultado e não como ponto de partida. Desse modo o primeiro momento não podeser assumido estaticamente, mas, em Hegel, necessariamente como o que vem a ser.

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Publicado

01-01-2000

Como Citar

NOVELLI, P. G. A. A Materialidade no Caminho da Efetivação do Espírito na Filosofia de Hegel. Tempo da Ciência, [S. l.], v. 16, n. 32, p. 137–159, 2000. DOI: 10.48075/rtc.v16i32.8801. Disponível em: https://saber.unioeste.br/index.php/tempodaciencia/article/view/8801. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos