A distinção entre morte efetiva e morte possível em Ser e Tempo

Autores/as

  • Amanda Victória Unioeste

DOI:

https://doi.org/10.48075/ra.v12i3.33061

Palabras clave:

Ser-todo, Morte, Possibilidade, Efetividade, Heidegger

Resumen

Este artigo é um extrato de projeto de pesquisa de mestrado, e tem, por isso, caráter tematizante e problematizante. O tema em questão é o fenômeno da morte em Ser e Tempo, de Martin Heidegger (1889-1976), em que procede à analítica do ente “que nós mesmos somos”. É uma tese fundamental de seu pensamento que nosso modo de ser, existência, é radicalmente distinto do modo de ser de que a metafísica tradicionalmente se ocupou, existentia ou efetividade. Segundo o filósofo, a tradição metafísica tornou equivalente o sentido de ser e a realidade efetiva, ou, nos termos recuperados pelo autor, subsistência. Com isso, a ontologia tradicional não apreendeu ou reconheceu o modo de ser da existência, próprio ao ente de pura possibilidade. Nosso problema é entender como o filósofo interpreta o fenômeno da morte, a partir dessa distinção. O propósito geral da analítica existencial é o estabelecimento de uma ontologia fundamental. Para isso, é necessário ao menos uma vez apreender o ente que somos em seu todo. No caso do fenômeno da morte, isso significa apreender esse ente em seu final. O ser-aí “atinge” o seu todo quando chega ao seu “fim”, isto é, quando “morre”. Compreendido no horizonte da efetividade, o fenômeno da morte é inapreensível e inexperienciável, implicando a impossibilidade da apreensão do ser-todo. O ente caracterizado pelo modo de ser da existência, porém, – nomeado “ser-aí” – é um ente marcado pela possibilidade, não pela efetividade. Logo, o fenômeno da morte precisa ser apreendido desde esse horizonte. A possibilidade desse ente poder-ser-todo, diz Heidegger, depende de interpretar a morte como possibilidade, em sentido ontológico, no caráter existencial do ser-para-a-morte. Nosso objetivo é clarificar esse contexto de problemas na difícil lida com tal fenômeno. Isso exige esclarecer conceitos como existência, subsistência, ser-todo, morte. Essa empresa poderá lograr clareza sobre a distinção entre a morte possível e a morte efetiva.

Biografía del autor/a

Amanda Victória, Unioeste

Graduada em Licenciatura no curso de Filosofia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE). Aluna Especial do PPGFil - UNIOESTE. Bolsista de Apoio Técnico (CNPq) no projeto de tradução das cartas de René Descartes.

Publicado

13-08-2024

Cómo citar

AMANDA VICTÓRIA. A distinção entre morte efetiva e morte possível em Ser e Tempo. Alamedas, [S. l.], v. 12, n. 3, p. 20–29, 2024. DOI: 10.48075/ra.v12i3.33061. Disponível em: https://saber.unioeste.br/index.php/alamedas/article/view/33061. Acesso em: 13 mar. 2025.