Boal e as raízes subversivas do teatro do oprimido
DOI:
https://doi.org/10.48075/ra.v12i3.33145Palabras clave:
Teatro do Oprimido, Boal, Estética, Dialética, MarxResumen
Augusto Boal (1931-2009) ficou conhecido mundialmente por ter desenvolvido algumas técnicas, até então inéditas, que compõem a poética do Teatro do Oprimido. Além de diretor e dramaturgo, Boal foi também escritor, pensador e (por que não?!) filósofo. Escreveu várias obras, nas quais acaba dissertando sobre, e também dialogando com, as ideias de alguns pensadores clássicos da história da Filosofia, dentre eles: Platão, Aristóteles, Maquiavel, Hegel e Marx, além de transitar pela história e pelos mais variados ramos da arte (teatro, literatura, poesia, música, pintura, cinema, etc.) e da ciência, como por exemplo, a neurologia. Por ser considerado subversivo, acabou sendo exilado no período da ditadura militar. Uma figura um tanto quanto excêntrica, pois apesar de ter se graduado em Química, acabou reconhecido internacionalmente como “Embaixador do Teatro Mundial” pela Unesco (2009). A Poética do Oprimido elaborada por Boal é, também, uma poética política. Poética política subversiva, pois as técnicas desenvolvidas para o Teatro do Oprimido expõem um caminho estético-pedagógico rumo à transformação dos espectadores (seres passivos) em espect-atores (seres ativos) e, assim, criam-se possibilidades para que o abismo reinante entre atores e espectadores seja superado e o palco profanado. O grande objetivo de Boal, segundo os seus próprios escritos, seria propiciar para todos os oprimidos condições para uma mudança significativa em suas vidas, quem sabe, um ensaio, para a mais bela atuação: uma revolução. Nesse sentido, a classe trabalhadora, expropriada dos meios de produção do trabalho e também dos meios de produção estéticos, poderia contar com mais um elemento para a organização programática de suas lutas cotidianas, o teatro, que poderia vir a ser um te-ato, uma manifestação artística dedicada e vinculada a uma transformação social profunda. Esse caminho, nos instiga a uma investigação sobre a relação entre a obra conceitual elaborada e vivenciada por Augusto Boal com a obra conceitual elaborada e vivenciada por Karl Marx.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2024 Alamedas

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0.
Aviso de Direito Autoral Creative Commons
Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
Licença Creative Commons
Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, o que permite compartilhar, copiar, distribuir, exibir, reproduzir, a totalidade ou partes desde que não tenha objetivo comercial e sejam citados os autores e a fonte.