Breves considerações sobre Nietzsche e os gregos
DOI:
https://doi.org/10.48075/ra.v13i1.34949Palabras clave:
Pré-socráticos, Vivência filosófica, Nietzsche.Resumen
Com esta pequena reflexão, almejamos tecer algumas considerações sobre um dos primeiros textos filosóficos do jovem Friedrich Nietzsche (1844-1900). Trataremos, portanto, do livro A Filosofia na Época trágica do Gregos. Neste pequeno, mas consistente texto de 1873, nosso autor expõe não apenas uma visão geral do pensamento dos primeiros filósofos gregos, que desenvolveram suas ideias entre os séculos VI e V a.C., mas também apresenta uma interpretação inovadora sobre o nascimento da filosofia e o resultado obtido por seus pensadores. Podemos descrever esta visão original afirmando que a filosofia produzida por estes filósofos se apresenta em sua manifestação mais pura e grandiosa, representando a passagem do mundo homérico para o universo trágico. Esta posição encontra-se fundada em uma admiração profunda e um amplo conhecimento da civilização helênica, principalmente de suas figuras clássicas tanto pré-socráticas como pós socráticas. Sua visão de filosofia, como veremos, apresentará como campo privilegiado do pensamento os filósofos pré-socráticos – ou, como ele os designa em alguns momentos, filósofos pré-platônicos – em detrimento do pensamento clássico de Platão e Aristóteles, tendo em vista sua asserção de que a filosofia não mais alcançará o mesmo status apresentado em seus primórdios pré-socráticos, caindo numa profunda crise de valores. Assim, seu ponto de vista inovador já nos indica a natureza polêmica que tanto caracterizará seu pensamento da maturidade. Sem termos a intensão de aprofundar temas que certamente aparecem em gestação ao longo deste texto – e que serão desenvolvidos em seus trabalhos posteriores, nos quais sua filosofia surgirá com mais originalidade e robustez –, nosso objetivo é tentar compreender seu entendimento sobre a natureza da filosofia desenvolvida, segundo Nietzsche, por estes pensadores geniais. A genialidade tem, portanto como referência estas figuras inaugurais do pensamento Grego, mas, e fundamentalmente, suas vivências; na verdade, é essa vivência filosófica, segundo nosso autor, que constrói seu mundo glorioso através de uma trajetória que, iniciado em Tales e encerrando seu ciclo em Sócrates, somente terá ressurgido através de sua própria filosofia.
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