Apresentação do problema da empatia na quinta das meditações cartesianas e a centralidade do soma como resultado da redução abstrativa
DOI:
https://doi.org/10.48075/ra.v5i2.17189Palavras-chave:
Empatia. Intersubjetividade. Redução Abstrativa. Soma.Resumo
Uma das objeções apresentadas à fenomenologia husserliana é a de que ela teria caído num solipsismo. Husserl, ao descobrir o ego transcendental, depois de realizar a redução fenomenológica, teria encerrado tudo neste ego e, com isso, não teria deixado “espaço” para o Outro. Para responder a esta objeção, é necessário que se investigue, a partir do terreno já conquistado pela fenomenologia, não só em que sentido o Outro pode ser para mim, mas, sobretudo, em que sentido o Outro pode ser comigo. O problema do sentido do aí do Outro para mim é denominado de “empatia”. Consonante a este problema está o de uma “teoria da intersubjetividade”, isto é, da teoria que pretende explicar como as vivências do ego próprio e as vivências do ego alheio poderiam referir-se a um mesmo mundo e como elas poderiam ser comprovadas, já que não se pode ter acesso direto às vivências do outro ego. No centro dessas questões ou como condução para tratar adequadamente dessas questões está a necessidade de que uma nova redução seja operada. Se é preciso saber como o Outro pode ser, para si mesmo, num mundo comigo, então é necessário que se saiba acertadamente o que pertence ao ego e o que pertence ao alheio. A redução abstrativa, cujo objetivo é separar justamente o que é próprio e o que não é próprio ao ego, é o que revelará o soma (corpo vivo) como aquilo que primeiro se encontra e como aquilo que permitirá avançar em direção à resolução do problema do aí-para-mim dos outros. Pensar os passos conceituais que revelam o Outro enquanto Outro (como aquele que é para si e não apenas para mim) consiste na tarefa deste trabalho.
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