Breve história das relações das sociedades com os manguezais no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.48075/amb.v5i1.30963Resumo
Os manguezais passaram a ser mais conhecidos pelos europeus a partir do século XV com a expansão marítima. Sendo um ecossistema intertropical mundial, eles eram conhecidos e explorados de forma sustentada pelos povos nativos da zona intertropical. Os europeus viam-nos como ambiente infecto e improdutivo, como os pântanos. Aos poucos, a importância para as economias de subsistência e de mercado foram sendo reconhecidas. Hoje, a ciência demonstra sua importância como sumidouro de gás carbônico. A leitura do texto deixa pressuposta uma abordagem que privilegia a infraestrutura econômica. A expansão da Europa no século XV coloca em confronto o modo de produção capitalista, ainda incipiente, e modos de produção não capitalistas. As relações das sociedades humanas com os manguezais, a partir do século XVI, são enfocadas na perspectiva da longa, média e curta durações, como concebida por Braudel. O manguezal ocupa papel de protagonista, juntamente com os humanos, na linha de investigação de Le Roy Ladurie, ainda que não se analise, neste artigo, as respostas do ecossistema às pressões antrópicas.
Palavras-chave: Ecossistema; Manguezal; Economia; Ciência; Brasil.
A brief history of the relationships between societies and mangroves in Brazil
Abstract
Mangroves became better known to Europeans from the 15th century onwards with maritime expansion. As a worldwide intertropical ecosystem, it was known and sustainably exploited by the native peoples of the intertropical zone. Europeans saw it as an infectious and unproductive environment, like swamps. Gradually, the importance for subsistence and market economies was being recognized. Today, science demonstrates its importance as a carbon dioxide sink. Reading the text presupposes an approach that favors economic infrastructure. The expansion of Europe in the fifteenth century confronts the still incipient capitalist mode of production with non-capitalist modes of production. The relations between human societies and mangroves, from the 16th century onwards, are focused on the perspective of long, medium and short durations, as conceived by Braudel. The mangrove occupies a leading role, along with humans, in Le Roy Ladurie's line of analysis, but this article does not fit to analyze the responses of the ecosystem to anthropic pressures, as we would already be in the area of biological sciences.
Keywords: Ecosystem; Mangrove; Economy; Science; Brazil.
Breve historia de las relaciones entre sociedades y manglares en Brasil
Resumen
Los manglares se hicieron más conocidos por los europeos a partir del siglo XV con la expansión marítima. Como ecosistema intertropical a nivel mundial, fue conocido y explotado sustentablemente por los pueblos originarios de la zona intertropical. Los europeos lo vieron como un ambiente infeccioso e improductivo, como pantanos. Gradualmente, se fue reconociendo la importancia para las economías de subsistencia y de mercado. Hoy, la ciencia demuestra su importancia como sumidero de dióxido de carbono. La lectura del texto presupone un enfoque que privilegia la infraestructura económica. La expansión de Europa en el siglo XV confronta el todavía incipiente modo de producción capitalista con modos de producción no capitalistas. Las relaciones entre las sociedades humanas y los manglares, a partir del siglo XVI, se enfocan en la perspectiva de larga, mediana y corta duración, tal como las concibe Braudel. El manglar ocupa un lugar protagónico, junto con el hombre, en la línea de análisis de Le Roy Ladurie, pero este artículo no corresponde a analizar las respuestas del ecosistema a las presiones antrópicas, como ya estaríamos en el área de las ciencias biológicas.
Palabras clave: Ecosistema; Manglar; Economía; Ciencia; Brasil.
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