Linhas que desfazem o eu
subjetividade e a escrita cartográfica em Deleuze e Guattari
DOI:
https://doi.org/10.48075/rd.v11i3.36116Palavras-chave:
Subjetividade, Diferença, Linhas de FugaResumo
Este trabalho propõe uma problematização sobre a constituição do “Eu” a partir do pensamento de Gilles Deleuze e Félix Guattari, especialmente no que tange à escrita como prática cartográfica de construção crítica da subjetividade. Ao rejeitar a ideia de um sujeito uno, fixo ou substancial, os intelectuais propõem uma concepção rizomática do “indivíduo”, constituído por um entrelaçamento de linhas como apresentado em Mil Platôs: Capitalismo e Esquizofrenia (1980). A escrita, nesse contexto, emerge como território existencial e expressão de movimentos aberrantes (2015), traçando rastros dos múltiplos encontros, intensidades e devires que compõem os processos de subjetivação.
Inspirando-se ainda na noção de despersonalização de Carta a um crítico severo, presente em Conversações (1992) bem como nas conversações filosóficas de Diálogos (1977), investiga-se como a cartografia dissolve as formas fixas do Eu para permitir a emergência de uma multiplicidade de si. O “Eu” é aqui concebido como efeito de um agenciamento, funcionando mais como um campo de passagem do que um ponto de origem do discurso, onde forças e intensidades se encontram, tensionam, vibram e escapam. Uma dobra sensível entre o dentro e o fora, entre o dizer e o ser dito, uma canção que se desfaz em gritos enquanto se escreve e volta a se compor enquanto canção à medida em que é agenciada.
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