Aproximações entre a hermenêutica da faticidade de Martin Heidegger e as antropotécnicas de Peter Sloterdijk

Autores/as

  • Lucas Sartoretto UNIOESTE

DOI:

https://doi.org/10.48075/rd.v11i2.35769

Palabras clave:

Hermenêutica da facticidade, Antropotécnicas, Filosofia Alemã

Resumen

Este trabalho tem como tema realizar algumas aproximações entre texto denominado: Ontologia: hermenêutica da facticidade, assim como elaborada pelo jovem Martin Heidegger tendo como perspectiva uma meditação existencial sobre o caráter fáctico do Dasein e as antropotécnicas, conceito esse desenvolvido por Peter Sloterdijk, formulado pela primeira vez em seu Regras para o parque humano e desenvolvido no seu livro posterior Tens de mudar de vida. Diante de tais conceitos podemos relacionar ambos  filósofos alemães dentro de uma perspectiva fenomenológica, pois se para Martin Heidegger o que a tradição metafísica entendia como homem, seja, como animal racional aristotélico ou como como ente creatum da tradição cristã, sempre tendo como característica uma substancia essencial, o Dasein deve ser entendido sem nenhuma possibilidade de substancialização, mas no seu processo de fazer-se, na sua vida fáctica, entendo o fáctico, sempre a partir de uma atitude hermenêutica, ou seja, através da sua compreensão diante do mundo. Esta também é uma característica das antropotécnicas de Peter Sloterdijk, pois estas devem ser entendidas como exercícios de auto melhoramento e auto produção do ser humano, mas a partir de um ponto de vista antropológico, ou seja, o ser humano deve ser compreendido como um animal que falhou em ser animal, devido a seu inacabamento natural, com isso as antropotécnicas se configuram como aquelas técnicas que engendram a humanidade no homo sapiens. Neste sentido, os dois filósofos, em que pesem as diferenças, em que no caso de Martin Heidegger, parta de uma concepção hermenêutica e ontológica, e Peter Sloterdijk compreenda o ser humano a partir de um ponto de vista antropológico, se faz possível relacionar ambos os conceitos quando concebem o ser humano como produto do seu auto operar, do fazer-se a si próprio, de uma autocriação, ou seja, aquilo que o ser humano é ou pode se tornar está em princípio nas mãos do próprio indivíduo, tendo ele a possibilidade de construção e modificação de si.

Publicado

25-07-2025

Cómo citar

SARTORETTO, L. Aproximações entre a hermenêutica da faticidade de Martin Heidegger e as antropotécnicas de Peter Sloterdijk. Revista DIAPHONÍA, [S. l.], v. 11, n. 2, p. 306–321, 2025. DOI: 10.48075/rd.v11i2.35769. Disponível em: https://saber.unioeste.br/index.php/diaphonia/article/view/35769. Acesso em: 27 jul. 2025.