A ambivalência do mal na obra de Hannah Arendt: quando a banalidade implica o radical
DOI :
https://doi.org/10.48075/rd.v3i1.17206Résumé
Pretende-se com este trabalho aprofundar o tema do mal radical na obra de Hannah Arendt. Ao realizar uma interpretação crítica dos acontecimentos da Segunda Grande Guerra (1939-1945), especificamente sobre os adventos do nazismo e do stalinismo, Arendt percebe que há uma modalidade de mal que não se coaduna à compreensão dada pela tradição até então a esse fenômeno, um mal que não tem personificação e cujos resultados são catastróficos para a condição humana. Qual será, então, a origem deste mal, pergunta-se Arendt? Nem a filosofia herdeira do esclarecimento, no século XIX, tampouco as tradições judaico-cristãs poderiam explicá-lo pelas motivações da maldade demoníaca, da avareza, da inveja ou do puro egoísmo. O mal em sua nova forma perscrutada por Arendt não se encaixa em nenhum modelo compreensivo fornecido até o momento. Nossa análise percorrerá os temas da gênese dessa nova modalidade de mal e a sua atividade na figura “demoníaca” de Adolf Eichmann. Desse modo, nossa investigação englobará essas duas dimensões aventadas por Arendt para o mal-radical: aquela das estruturas políticas, do estado totalitário; e a do homem que age sob a ordem do mal: Eichmann. Será possível avaliar o mal sob essas duas dimensões? Onde poderá se localizar a gênese do mal-radical?
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