COMPETITIVIDADE DOS AQUICULTORES NA MICRORREGIÃO DO MÉDIO JAGUARIBE NO ESTADO DO CEARÁ

Autores

DOI:

https://doi.org/10.48075/igepec.v29i1.34563

Palavras-chave:

Aquicultura. Competitividade. Microrregião do Médio Jaguaribe cearense.

Resumo

Este estudo identifica os fatores de competitividade dos aquicultores da microrregião do Médio Jaguaribe, no Ceará, em 2023. Especificamente, busca mensurar o Índice de Competitividade dos Aquicultores (ICA) e relacionar a receita anual desses trabalhadores com os fatores de competitividade identificados. Para alcançar esses objetivos, foram empregadas a análise fatorial por componentes principais e regressões quantílicas. Os dados, de natureza primária, foram coletados em agosto de 2024. Os resultados revelaram três fatores de competitividade: eficiência econômica e produtiva na aquicultura (FC1), capital humano e valorização do trabalho na aquicultura (FC2) e intensividade em orientação técnica (FC3). Entre os 60 aquicultores entrevistados, apenas 13,33% apresentaram um nível alto de competitividade. Adicionalmente, os resultados indicaram que apenas o FC1 foi estatisticamente significativo em ambos os quantis analisados, demonstrando sua relevância para o alcance de maiores níveis de receita pelos aquicultores. Por outro lado, o FC2 apresentou efeitos positivos e significativos apenas para os aquicultores com menores níveis de receita. Esses achados sugerem que a educação formal e a maior estabilidade no mercado de trabalho aquícola na região não foram suficientes para promover altos níveis de receita no segmento estudado. Já o FC3 não teve impacto significativo na geração de receita, de acordo com os parâmetros estabelecidos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

José Ediglê Alcantara Moura, Universidade Federal do Ceará (UFC)

Doutorando em Economia Rural pela Universidade Federal do Ceará (UFC)

Francisco Wanderson Barbosa Gondim, Universidade Federal do Ceará (UFC)

Mestrando em Economia Rural pela Universidade Federal do Ceará (UFC)

Kilmer Coelho Campos, Universidade Federal do Ceará (UFC)

Doutor em Economia Aplicada pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), Professor e Coordenador do Programa de Pós-graduação em Economia Rural da Universidade Federal do Ceará (UFC)

Referências

ALVES, D. F.; LIMA JUNIOR, F. O.; M.; REBOUCAS FILHO, P. J. Estrutura Produtiva nas Mesorregiões do Nordeste Brasileiro: uma análise fatorial. Informe Gepec, Toledo, v. 22, n.1, p. 81-98, 2018.

BARBETTA, P. A. Estatística aplicada às ciências sociais. 5 ed. Florianópolis. Editora da UFSC, 2002.

BARBOSA, W. F; SOUSA, E. P. Desempenho competitivo dos apicultores fixos e migratórios da microrregião do Cariri, Ceará. Revista de economia e administração, São Paulo, v. 11, n. 1, p. 5-27, 2012.

BARROSO, L. P.; ARTES, R. Análise multivariada. In: Reunião Anual da RBES e SEAGRO, 48ª, 10º, Lavras. Curso. Lavras: Departamento de Ciências Exatas, 2003. 155p.

BARROS, R.; MENDONÇA, R; SANTOS, D. B. Mudanças de renda no Brasil: fatores espaciais, setoriais, educacionais e de status social. Revista brasileira de Sociologia, v. 57, n. 1, p. 101-128, 2014.

CAMPOS, K. C. Produção localizada e inovação: o arranjo produtivo local de fruticultura irrigada na microrregião do Baixo Jaguaribe no Estado do Ceará. 2008. 167 f. Tese (Doutorado em Economia Aplicada) – Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2008.

CANO, W. Ensaios sobre a crise urbana no Brasil. Campinas: Editora da UNICAMP, 2011.

COGERH - COMPANHIA DE GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS. Caderno da sub-bacia hidrográfica do Médio Jaguaribe. 2020. Disponível em: https://portal.cogerh.com.br/. Acesso em: 24 out. 2024.

DIAS, J.; MONTEIRO, W. D. F.; DIAS, M. H. A.; RUSSO, L. X. Função de capital humano dos estados brasileiros: retornos crescentes ou decrescentes da educação? Pesquisa e Planejamento Econômico, Brasília, v. 43, n. 2, p. 333-379, ago. 2013.

ESSER, K.; HILLEBRAND, W.; MESSNER, D.; MEYER-STAMER, J. Competitividad sistémica: nuevo desafio a las empresas y a la política. Revista de la CEPAL, n. 59, p. 39-52, 1996.

FÁVERO, L. P.; BELFIORE, P.; SILVA, F. L.; CHAN, B. L. Análise de dados: modelagem multivariada para tomada de decisões. Primeira edição. Rio de Janeiro. Elsevier, 2009.

GAMA, Z. J. C.; SANTANA, A. C.; MENDES, F. A. T.; KHAN, A. S. Índice de Desempenho Competitivo das Empresas de Móveis da Região Metropolitana de Belém. Revista de Economia e agronegócio.v. 5, n.1, p. 127-159, 2007.

GOMES, O. P. Perfil socioeconômico e tecnológico de produtores de fruticultura irrigada na região do Cariri, Ceará. 2015. 77p. Dissertação (Mestrado em Economia Rural) – Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2015.

GOMES, S. C.; NEGRAO, K. R. M.; CARVALHO, M. C. S.; CABRAL, E. R. Índice de Desempenho Competitivo das empresas do Arranjo Produtivo Local embrionário de Cerâmica Vermelha na Região do Carajás/PA. Revista espacios, v. 37, n.24, p. 27-37, 2016.

HAIR JÚNIOR, J. F.; ANDERSON, R. E.; TATHAM, R. L.; BLACK, W. C. Análise multivariada de dados. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.

IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Pesquisa Agrícola Municipal. Disponível em: . Acesso em: 13/10/2024.

IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.Censo Agropecuário de 2017. Disponível em: . Acesso em: 12/10/2024.

KOENKER, R.; BASSET, G. Regression quantiles. Econometrica, v. 46, p.33-50, 1978.

JUSTO, W. R.; ALENCAR, M. O.; ALENCAR, N. S.; Retorno à educação no Brasil com o uso de regressão quantílica: 2003-2014. Informe Gepec,v.21, p.9-23, 2017.

LOESCH, C.; HOELTGEBAUM, M. Métodos estatísticos multivariados. São Paulo: Editora Saraiva, 2012. 288p.

MATTOS, C. A.C.; ABUD, G. M. B.; COSTA, N. L; SANTANA, A. C. A Competitividade da agroindústria de laticínios: uma investigação no Estado do Pará. Revista em Agronegócio e Meio Ambiente, v. 10, n.4, p. 1.029- 1.050, 2017.

MINGOTI, S. A. Análise de dados através de métodos de estatística multivariada: uma abordagem aplicada. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2005, 295p.

MONTE, G. F. S.; LIMA, E. S. Análise da estrutura produtiva da mesorregião do sudoeste piauiense entre 2002 e 2017. Informe Gepec, v. 25, p. 10-28, 2020.

MOURA, J. E. A. Desempenho competitivo da agricultura no Brasil. 2021. 179p. Dissertação (Mestrado em Economia Rural) – Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2021.

MOURA, J. E. A.; CAMPOS, K. C. Competitividade da agricultura familiar no Sul brasileiro. DRd - Desenvolvimento Regional em debate, v. 12, p. 191-216, 2022.

MOURA, J. E. A; CAMPOS, K. ; STAMM, C. Modernização da pecuária: uma análise nas regiões imediatas do Nordeste e Sul do Brasil. Informe Gepec, v. 28, p. 288-313, 2024.

NUNES, E. S.; SOUSA, E. P.; DAMASCENO, N. P. Competitividade da extração e comercialização do pequi no Ceará. Custos e @gronegócio online, v. 12, n.1, 245-264, 2016.

OLIVEIRA, R. B. Eficiência do setor agropecuário nordestino e seus determinantes: uma análise para 2006 e 2017. 2021. 96 p. Dissertação (Mestrado em Economia) - Centro de Ciências Sociais Aplicadas, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2021.

PADRÃO, G. A.; MELO. E. S.; LIMA, J. E. Avaliação da modernização da produção agrícola nas microrregiões do Nordeste brasileiro: classificação e agrupamento de indicadores. Informe Gepec, Toledo, v. 17, p. 150 -165, 2013.

PIMENTEL; GOMES. Curso de estatística experimental. Piracicaba: Esalq/USP, 1985.

RODRIGUES, R. E. A.; SOUSA, E. P. Competitividade da agricultura familiar no Nordeste brasileiro. Geonordeste (UFS), v. 29, nº.1, p. 37–57, 2018.

SANTANA, A. C. de. Índice de desempenho competitivo das empresas de polpa de frutas do Estado do Pará. Revista de economia e sociologia eural. Rio de Janeiro, v. 45, n. 3, p. 749-775, jul./set. 2007.

SCHULTER, E. P.; VIEIRA FILHO, J. E. R. Evolução da piscicultura no Brasil: diagnóstico e desenvolvimento da cadeia produtiva de Tilápia. Texto para discussão (IPEA), v. 2328, p. 1-35, 2017.

SILVA NETA, M. E.; LEMOS, J. J. S.; REIS, J. N. P.; SANTOS, S. M. Produção piscícola escalonada no semiárido do Ceará com externalidades positivas. Revista de política agrícola, v. 2016, p. 6-17, 2017.

SIQUEIRA, T. V. Competitividade sistêmica: desafios para o desenvolvimento econômico brasileiro. Revista do BNDES. Rio de Janeiro, v. 16, n. 31, p. 139-184, 2009.

SOUSA, E. P.; CAMPOS, A. C. Desempenho competitivo dos fruticultores cearenses em diferentes áreas irrigadas. Revista econômica do Nordeste. Fortaleza, v. 41, n. 1, p. 155-166, 2010.

SOUSA, E. P.; JUSTO, W. R.; CAMPOS, A. C. Eficiência técnica da fruticultura irrigada no Ceará. Revista econômica do Nordeste, Fortaleza, v. 44, n. 4 p. 851-866, out./dez. 2013.

SOUSA, E. P.; MIRANDA, S. H. G. Competitividade dos produtores de melão na Área Livre de Anastrepha grandis no Nordeste brasileiro. Revista de Ciências Agrárias (Lisboa), v. 41, n.1, p. 199–208, 2018.

SOUSA, E. P.; SOARES, N. S.; ALVES, A. V. S.; SILVA, M. L. Competitividade dos produtores de sisal da Bahia. Revista econômica do Nordeste, v. 49, n.3, p. 39–49, 2018.

SOUSA, E. P.; OLIVEIRA, R. B.; FERREIRA, F. D. G. Competitividade dos produtores familiares cooperados e beneficiários do PNAE vis-à-vis os que não são: uma análise para o Ceará. Reunir, v. 10, p. 107-118, 2020.

SOUZA, E. R. Comunicação oral. Jaguaribara (CE), 2024.

VIEIRA FILHO, J. E. R.; FISHLOW, A. Agricultura e indústria no Brasil: inovação e competitividade. Brasília: Ipea, 2017.

VIGNANDI, R. S.; CAMPOS, A. C.; PARRE, J. L. Arranjos Produtivos Locais (APLs) Confeccionistas e Desenvolvimento Socioeconômico no Estado do Paraná: Uma Análise Multivariada. Ensaios Fee, v. 34, n.1, p. 557-587, 2013.

ZANELLA, L. C. H. Metodologia de estudo e de pesquisa em Administração. Florianópolis: UFSC; Brasília: CAPES: UAB, 2015.

Downloads

Publicado

23-05-2025

Como Citar

JOSÉ EDIGLÊ ALCANTARA MOURA; FRANCISCO WANDERSON BARBOSA GONDIM; KILMER COELHO CAMPOS. COMPETITIVIDADE DOS AQUICULTORES NA MICRORREGIÃO DO MÉDIO JAGUARIBE NO ESTADO DO CEARÁ. Informe GEPEC, Toledo, v. 29, n. 1, p. 285–306, 2025. DOI: 10.48075/igepec.v29i1.34563. Disponível em: https://saber.unioeste.br/index.php/gepec/article/view/34563. Acesso em: 3 jun. 2025.