DESASTRES E MIGRAÇÃO AMBIENTAL NO SEMIÁRIDO BRASILEIRO/Disasters and environmental migration in the brazilian semi-arid region

Auteurs-es

DOI :

https://doi.org/10.48075/igepec.v28i2.33686
Organismes subventionnaires
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia - FAPESB

Mots-clés :

Migração ambiental, Variáveis socioeconômicas, Semiárido brasileiro

Résumé

Este artigo analisa os padrões de migração intermunicipal, intra-regional e inter-regional no contexto do semiárido brasileiro, considerando uma variedade de variáveis individuais, domiciliares e ambientais. Utilizando regressões logísticas, o estudo examina como fatores como sexo, idade, raça/cor, nível de instrução, estado civil, renda domiciliar per capita e desastres ambientais influenciam a decisão de migrar. Os resultados revelam que homens e jovens têm maior probabilidade de migrar, assim como aqueles com níveis educacionais intermediários. Além disso, desastres como secas, enxurradas e inundações exercem diferentes efeitos na migração, refletindo a complexidade das interações entre condições socioeconômicas, demográficas e ambientais na dinâmica migratória do semiárido brasileiro.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Biographie de l'auteur-e

Isac Alves Correia, Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Doutor em Demografia pelo Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar/UFMG). Atualmente é doutorando em Economia na Universidade Federal da Bahia (UFBA) e bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB)

Références

AB’SABER, A. N. Sertões e sertanejos: uma geografia humana sofrida. Estudos Avançados, v. 13, n. 36, p. 7-59, 1999.

ARAÚJO, T. B. Herança de diferenciação e futuro de fragmentação. Estudos Avançados, v. 11, n. 29, 1997.

BAENINGER, R. Novos espaços da migração no Brasil: anos 1980 e 1990. In: Encontro Nacional de Estudos Populacionais. Anais... Belo Horizonte: ABEP, 2000.

BAENINGER, R.; PERES, R. G. Metrópoles brasileiras no Século 21: evidências do Censo Demográfico de 2010. Informe GEPEC, v. 15, p. 634-648, 2011.

BAPTISTA, E. A.; CAMPOS, J.; RIGOTTI, J. I. R. Migração de retorno no Brasil. Mercator, v. 16, e16010, 2017.

BLACK, R. et al. The effect of environmental change on human migration. Global Environmental Change, v. 21 (supl. 1), p. s3-s11, 2011.

BRASIL. Ministério da Integração Nacional. Nova Delimitação Semiárido. Brasília, DF, 2017. Disponível em: <http://www.sudene.gov.br/images/arquivos/semiarido/arquivos/Rela%C3%A7%C3%A3o_de_Munic%C3%ADpios_Semi%C3%A1rido.pdf>. Acesso em: 15 jun. 2024.

CAMARANO, A. A.; ABRAMOVAY, R. Êxodo rural, envelhecimento e masculinização no Brasil: Panorama dos últimos cinquenta anos. In: Encontro Nacional Sobre Migração. Anais... Curitiba/PR: ABEP, 1998.

CORREIA, I. A.; BARBIERI, A. F. Vulnerabilidade à seca e (i)mobilidade no Nordeste brasileiro: partir ou resistir? Sustentabilidade em Debate, v. 10, p. 125-141, 2019.

CORREIA, I. A.; OJIMA, R.; BARBIERI, A. F. Emigração e transferências monetárias como estratégias de adaptação às secas no Seridó Potiguar. REMHU: Revista Interdisciplinar da Mobilidade Humana, v. 28, n. 59, p. 177-197, 2020.

CORREIA, I. A. “Andando pelos sertões”: intenções de mobilidade em áreas urbanas diante das secas no Seridó Potiguar. REMHU: Revista Interdisciplinar da Mobilidade Humana, v. 29, n.62, p. 133-150, 2021.

CORREIA, I. A. Migração e fecundidade como respostas multifásicas à seca de 2011-2016 no Seridó Potiguar. 264f. Tese (Doutorado em Demografia). Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (CEDEPLAR), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Belo Horizonte, MG: UFMG, 2023.

FINDLEY, S. Does drought increase migration? A study of migration from rural Mali during the 1983–1985 drought. Int. Migr. Rev., v. 28, n. 3, p. 539-553, 1994.

FURTADO, C. A operação Nordeste. Ministério da Educação e Cultura, Instituto Superior de Estudos Brasileiros: Rio de Janeiro, 1959.

GONÇALVES, A. J. Migrações internas: evoluções e desafios. Estudos Avançados, v. 15, n. 43, 2001.

GRAY, C.; BILSBORROW, R. Environmental influences on human migration in rural Ecuador. Demography, v. 50, p. 1217-1241, 2013.

GRAY, C. L.; MUELLER, V. Drought and population mobility in rural Ethiopia. World Development, v. 40, n. 1, p. 134-145, 2012.

HARRIS, J.; TODARO, M. Migration, unemployment and develop-ment: a two-sector analysis. American Economic Review, v. 60, n. 1, p. 126-142, 1970.

HENRY, S.; SCHOUMAKER, B.; BEAUCHEMIN, C. The impact of rainfall on the first out-migration: A multi-level event-history analysis in Burkina Faso. Population and Environment, v. 25, n. 5, p. 423-460, 2004.

HUNTER, L. M. et al. Rural outmigration, natural capital, and livelihoods in South Africa. Population, Space and Place, v. 20, p. 402-420, 2014.

IBGE − Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico de 2010. Rio de Janeiro: IBGE, 2010.

KNIVETON, D. et al. Climate change and migration: improving methodologies to estimate flows. Brighton, UK: International Organization for Migration, 2008. Disponível em: <https://research.birmingham.ac.uk/en/publications/climate-change-and-migration-improving-methodologies-to-estimate->. Acesso em: 12 fev. 2024.

LEE, E. A theory on migration. Demography, v. 3, n. 1, p. 47-57, 1966.

MELLO, L. F.; SATHLER, D. A demografia ambiental e a emergência dos estudos sobre população e consumo. Revista Brasileira de Estudos de População, v. 32, n.2, p. 357-380, 2015.

MINCER, J. Family migration decisions. Journal of Political Economy, v. 86, n. 5, 749-773, 1978.

MOREIRA, M. M.; FUSCO, W. Mapeando a fecundidade nordestina: 2000-2010. Confins, n. 33, 2017.

MUELLER, V.; GRAY, C.; KOSEC, K. Heat stress increases long-term human migration in rural Pakistan. Nature Climate Change, v. 4, n.3, p. 182-185, 2014.

OJIMA, R. Urbanização, dinâmica migratória e sustentabilidade no semiárido nordestino: o papel das cidades no processo de adaptação ambiental. Cadernos Metropole, v. 15, n. 29, p. 35-54, 2013.

OJIMA, R.; AZEVEDO, P. R. M.; OLIVEIRA, H. C. G. O impacto da aposentadoria no retorno migratório ao Rio Grande do Norte e ao semiárido potiguar. Informe GEPEC, v. 19, n. 1, p. 6-19, 2015.

PORTO, E. R.; BRITO, L. T. L.; SILVA, A. S. Influência do tamanho da propriedade para a convivência com o semi-árido. In: 5º Simpósio de Captação e Manejo de Água de Chuva. Anais... Teresina/PI, 2005.

QUEIROZ, S. N. Migrações, retorno e seletividade no mercado de trabalho cearense. Tese (Doutorado em Demografia). 251f. Universidade Estadual de Campinas. Campinhas/SP: Unicamp, 2013.

RIOS, K. S. Isolamento e poder: Fortaleza e os campos de concentração na seca de 1932. 1. ed. Fortaleza: Imprensa Universitária, 2014. v. 1. 144p.

RITCHEY, P. Explanations of migration. Annual Review of Sociology, v.2, p. 363-404, 1976.

SHERBININ, A. et al. Rural households, livelihoods and the environment. Global Environmental Change, v. 18, n.1, p. 38-53, 2008.

SJAASTAD, L. The costs and returns of human migration. Journal of Political Economy, v. 70, n. 5 (Part 2), p. 80-93, 1962.

SILVA FILHO, L. A.; QUEIROZ, S. N.; REMY, M. A. P. A. Indústria de transformação: localização e emprego formal nos estados do Nordeste - 1998/2008. Informe GEPEC, v. 15, n. 3, p. 162-183, 2000.

TELLES, E. E. Race in another America: the significance of skin color in Brazil. New Jersey: Princeton University Press, 2004.

TODARO, M. A model of labor migration and urban unemployment in less developed countries. American Economic Review, v. 59, n. 1, p. 138-148, 1969.

Téléchargements

Publié-e

08-08-2024

Comment citer

CORREIA, I. A. DESASTRES E MIGRAÇÃO AMBIENTAL NO SEMIÁRIDO BRASILEIRO/Disasters and environmental migration in the brazilian semi-arid region. Informe GEPEC, [S. l.], v. 28, n. 2, p. 537–559, 2024. DOI: 10.48075/igepec.v28i2.33686. Disponível em: https://saber.unioeste.br/index.php/gepec/article/view/33686. Acesso em: 14 mars. 2025.