O DESAFIO DO ANTICAPACITISMO NA PRODUÇÃO DOCUMENTAL NO SERVIÇO SOCIAL
DOI:
https://doi.org/10.48075/gdemrevista.v11i1.35459Palavras-chave:
Serviço Social. Capacitismo., Produção documental., Linguagem inclusiva, Ética profissional.Resumo
O presente artigo analisa a presença de expressões capacitistas na produção documental do Serviço Social, com foco na promoção de uma linguagem inclusiva e comprometida com os princípios ético-políticos da profissão. Parte-se da compreensão do capacitismo como uma forma de opressão que desvaloriza pessoas com deficiência, reproduzida historicamente por meio de discursos, práticas institucionais e representações simbólicas. A pesquisa, de caráter qualitativo, foi realizada com assistentes sociais atuantes na região Sudoeste do Paraná, vinculados ao Núcleo Regional de Serviço Social (NUCRESS) de Francisco Beltrão. A coleta de dados ocorreu por meio de questionário estruturado, com perguntas fechadas e abertas, analisadas à luz da análise de conteúdo. Os resultados indicam a recorrência de expressões capacitistas em documentos técnicos, como “portador de necessidade especial” e “ele(a) é especial”, além de metáforas pejorativas e eufemismos que reforçam estigmas. Apesar de uma crescente preocupação ética com a linguagem utilizada, os dados revelam fragilidades na formação continuada sobre o tema. A análise evidencia que a linguagem não é neutra, e que seu uso inadequado pode violar princípios fundamentais do Código de Ética do Serviço Social, contribuindo para a exclusão simbólica e a negação de direitos. O artigo propõe diretrizes para qualificação da escrita técnica, reforçando a necessidade de ações educativas que fortaleçam o enfrentamento do capacitismo e a construção de práticas profissionais mais justas e inclusivas.
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