Povo na língua: território e cosmologia em uma poética do traduzir Ayvu Rapyta
DOI:
https://doi.org/10.48075/rlhm.v19i33.30876Resumo
Se o tradutor fugir de tentativas de interpretações ou desconsiderar a primeira vista um leitor, então, ele pode se apoiar nas palavras. Quando dos textos míticos, o que se verifica é uma incoerência na sua linguagem. Essa incoerência é domesticada por uma razão na política da traduzir. A poética do traduzir é aquela pelas palavras, em seu espraiamento (MARTINS, 2022). Nesse sentido a incoerência dos textos míticos é uma poética. Considera-se o se fazendo. Chamaremos aos textos míticos, de narrativas cosmológicas. Tratar de questões de cosmologia na tradução é interessante para aqueles que se embrenham nos estudos de línguas indígenas e em suas traduções para línguas de colonização. O aspecto dessa língua contida no material traduzido é uma língua de novidade, algo como “língua pura” (BENJAMIN, [1923] 2008). Essa “língua pura” é uma língua de poética da relação. Temos o pensamento de Édouard Glissant ([1990] 2011) como base, do qual continuamos com o conceito de Diverso, considerando a poética do traduzir em Henri Meschonnic ([1989] 2006). Nesse sentido, o Diverso para a contínuo, a repetição e diferença na língua, de aspectos que significam antes de tudo. O aspecto do Diverso nessa língua da poética da relação implica um modo de ver. O cosmológico na tradução, assim, pelo participativo, o território, o sujeito do poema, o povo na língua. Nossa teorização está na tradução de Ayvu Rapyta (CADOGAN, 1959), em língua indígena Mbya-Guarani.
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