Dísticos heroicos e “poemas científicos": questões de forma e conteúdo na tradução literária
DOI:
https://doi.org/10.48075/rlhm.v19i33.30881Resumo
Desde a Antiguidade até a Idade Moderna, as descobertas e avanços científicos têm oferecido material próspero para a imaginação poética. Poetas como Edmundo Spenser (1552-1599), John Donne (1572-1631)0, John Milton (1608-1674) e outros reagiram às tansformações que se operavam na cosmologia e na ontologia europeias durante os sécs. XV, XVI e XVII. Especificamente na Inglaterra, encontramos no séc. XVIII poetas cuja obra poética objetiva sobretudo veicular hipóteses e discussões a respeito de botânica, história natural, eletricidade etc. Entre esses poetas, pode-se destacar Erasmus Darwin, autor do poema The Temple of Nature, publicado postumamente em 1803; nele, Erasmus Darwin arrola hipóteses sobre a origem da vida, a transformação gradual das espécies animal e vegetal e a complexidade estrutural do cérebro humano. Um tal poema impõe interessantes desafios ao tradutor, uma vez que é rico em terminologia especializada, o que dificulta o manejo de certos elementos formais, tais como a quantidade de sílabas e o metro. Discute-se aqui, então, as estratégias adotadas em nossa tradução de um trecho do Canto I do poema The Temple of Nature. Busca-se mostrar como, adotando soluções e sugestões de tradutores que trabalharam anteriormente com os dísticos heroicos - verso tradicional da poesia inglesa, e empregado por Erasmus Darwin em seu poema – se poderiam incorporar palavras polissilábicas na estrutura métrica, resultando em uma tradução que preservasse tanto os aspectos técnicos e “científicos” quanto as características formais mais significativas dos dísticos heroicos.
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