“I THOUGHT IT LOOKED A LITTLE QUEER”: TURNING REALITY INTO FANTASY AND VICE VERSA IN LEWIS CARROLL’S THROUGH THE LOOKING-GLASS AND WHAT ALICE FOUND THERE
DOI:
https://doi.org/10.48075/rlhm.v11i17.9851Resumo
O objetivo deste artigo é estabelecer uma aproximação dialeticamente pertinente entre Through The Looking-Glass And What Alice Found There (CARROLL, 1871) com “The Mirror Stage as Formative of the I as Revealed in Psychoanalytic Experience” (LACAN, 1977) através da teoria queer com o intuito de discutir a problematização de construções identitárias normativas. As pessoas inseridas em uma condição tida como queer são forçadas em um modelo no qual inexiste qualquer possibilidade de futuro, já que elas são parte intrínseca de algo que, diferente do padrão hegemônico normativo, não tem nenhuma possibilidade de se manter ou desenvolver. Sendo assim, para propor uma abordagem epistemológica distinta para tal socialização queer, nós somos persuadidos por aquilo que escreve Lewis Carroll (1871) por sua genialidade na proposição de estruturas alternativas para o pensamento humano através da desconstrução de definições e funcionamentos normativos para tal pensamento. Sua habilidade em falar sobre os estados repressivos que a identidade de seus personagens enfrenta, e como sua busca por reconhecimento e autocontrole é retratada em seus livros, nos disponibilizam bastante reflexão no que concerne à ideia leniente de que nossas fantasias nos permitem ser “quem realmente somos”. A necessidade de reorganização social em movimentos políticos atiram a noção de queer dentro do espaço marginalizado da constituição (institucionalização e controle), trazendo para a significação uma relação mais aproximada entre fantasia e realidade. “Fantasia”, de acordo com Butler, “não é o oposto da realidade; ela é o que a realidade esconde e, sendo assim, define os limites dessa realidade, o que faz com que seja seu externo constitutivo” (Gender Trouble, 1999, p.29)
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