“TROPICÁLIA”: A FACE DA NASCENTE CONTRACULTURA NO BRASIL NOS ANOS DE CHUMBO
DOI:
https://doi.org/10.48075/rlhm.v10i15.10326Palavras-chave:
Tropicalismo, contracultura, ditadura militar no Brasil.Resumo
O presente artigo tem como objetivo analisar as manifestações artísticas que fizeram resistência à ditadura militar instaurada em 1964. Especificamente, tratar-se-á do Movimento Tropicalista, considerado a face de uma nascente contracultural hippie no Brasil. A contracultura foi um movimento de caráter internacionalista que se manifestou de forma singular em cada região do planeta. O termo “contracultura” surgiu na imprensa norte-americana, no início da década de 60, para designar os movimentos alternativos de caráter eclético, místico-político, que tinha por objetivo rebelar-se contra os valores instituídos pela sociedade norte-americana, engendrando uma cultura marginal que se pautava pela transcendência do mundo capitalista e tecnocrático. Através dos êxtases propiciados pelas drogas e filosofias orientalistas, do rock como “hino da revolução hormonal” da juventude, da colocação do sexo como proposição social, da formação das comunidades alternativas, a exemplo, tentava-se buscar a reintegração da totalidade humana, aspirando por uma volta à natureza e retribalização. No Brasil, adquiriu nuanças de crítica comportamental, postulando uma forma diferenciada de resistência à ditadura militar instaurada e, também, da análise do caráter identitário brasileiro. A partir das obras tropicalistas esboçou-se na década de 70, com o recrudescer da ditadura, uma variedade de experimentações genericamente rotuladas como contraculturais e marginais. O movimento tropicalista exprimiu novas formas de ser, sentir e pensar o Brasil em um momento de polarização ideológica, indo além; estabelecia contato com o universo de novas linguagens da contracultura e suas principais proposições.
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