PAULO HONÓRIO: A VOZ DE GRACILIANO RAMOS EM S. BERNARDO
DOI:
https://doi.org/10.48075/rlhm.v11i17.12149Palavras-chave:
Texto e Contexto. Literatura e Sociedade. S. Bernardo.Resumo
No contexto do Realismo Crítico, por meio de estudos de aspectos inerentes à composição da estrutura literária – narrador, enredo, personagens, tempo e espaço, analisa-se a relação intrínseca entre Texto e Contexto no romance S. Bernardo (1934), de Graciliano Ramos, obra que traz como tema central, a crítica ao sistema capitalista que coisifica o homem. Neste diapasão, em termos de análise comparativa da relação Forma e Conteúdo, elegem-se, em especial, teorias de Antonio Candido, Literatura e Sociedade: estudos de teoria e história literária (2000), e A Personagem do Romance, presente no livro A Personagem de Ficção (1992); e de Georg Lukács, Narrar ou Descrever? – que integra o livro Ensaios Sôbre Literatura (1968). Estas teorias evidenciam que: em Candido, o texto e o contexto são fundidos e tornam-se a estrutura da obra, sendo que a posição social do autor interfere diretamente na elaboração desta estrutura; em Lukács, as narrativas literárias – de estética realista – evidenciam a realidade como um processo em transformação. Portanto, parte-se do pressuposto de que o escritor Graciliano Ramos, na composição de S. Bernardo, se apropria de fatos sociais do meio em que vive e os transforma em conteúdo que estrutura o seu fazer literário, sendo este conteúdo, transpassado, necessariamente, pela artificialidade da composição artística – forma –, que se torna um instrumento de crítica ao capitalismo inerente ao sistema latifundiário do Nordeste brasileiro, que provocava a reificação do homem – as relações humanas são dotadas de preços e transformadas em mercadorias.
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