DO ABISMO AO ESPELHO: A CONFISSÃO DE RUBASHOV POR UMA INTERPRETAÇÃO MATERIALISTA
DOI:
https://doi.org/10.48075/rlhm.v16i28.24450Palavras-chave:
O Zero e o Infinito, Arthur Koestler, Materialismo, ConfissãoResumo
O uso da história para a compreensão de textos literários é algo relativamente comum. Contudo, com frequência, os intérpretes apenas utilizam uma sequência de fatos históricos para explicar o contexto de determinada obra. A corrente materialista, além de afirmar que a história é composta por mais do que simples acontecimentos, propõe que o texto seja interpretado por seus aspectos materiais, como a formação política e ideológica. Aqui, a obra O Zero e o Infinito, de Arthur Koestler, é estudada por essa perspectiva. A confissão do personagem Rubashov ecoa a história de diversos revolucionários que abriram mão de suas vidas em nome de um coletivo que incluía seu próprio executor. Um ato que pode parecer incompreensível se não for visto pelas lentes das lutas políticas envolvidas e pela ideologia dos sujeitos. Apenas pela história é possível compreender que mais do que confissões pelo “eu”, foram confissões pelo “nós”. Para tanto, partimos dos ensinamentos de pensadores materialistas, como Karl Marx, Friedrich Engels, Fredric Jameson e Terry Eagleton, objetivando analisar a obra-prima de Koestler não apenas como um livro cuja interpretação é auxiliada pela história, mas como um romance que ajuda a entender a história.
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