O imaginário orientalista nos relatos de viagem de Pablo Neruda
DOI:
https://doi.org/10.48075/rlhm.v18i31.27484Palavras-chave:
Pablo Neruda. Relatos de Viagem. Imaginário. Oriente.Resumo
Este artigo propõe-se a investigar os relatos de viagem do escritor chileno Pablo Neruda no início do século XX, quando vivencia sua carreira diplomática no exterior. Nosso objetivo é analisar esses textos buscando identificar as (des) continuidades de um Oriente místico, exótico e pitoresco, fruto de um imaginário construído no século XIX, sobretudo pela arte e pela literatura. Para tanto, valemo-nos de conceitos como imaginário, definido como um acervo coletivo de sentidos que motiva a ação, bem como do entendimento de relato de viagem como um gênero subjetivo, impressionista e de natureza, muitas vezes, política. As análises apontam para uma percepção híbrida e não idealizada de Neruda em relação ao Oriente, composta por construções orientalistas de singular beleza assim como por uma visão negativa, possivelmente derivada de sua experiência como um cidadão de um país que também teve a história marcada pelo processo de colonização. Dessa maneira, os relatos nerudianos transgridem a lógica hegemônica não só por terem sido escritos por um viajante de origem não europeia, mas também por subverterem um imaginário colonial sobre o Oriente, construído em um contexto de dominação violenta.
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