DESCOLONIZANDO CORPOS E SUBJETIVIDADES: REPRESENTAÇÕES FEMININAS EM AMORES INSÓLITOS DE NUESTRA HISTORIA (2001)

Autores

  • Maria de Fatima Oliveira Marcari UNIVERSIDADES ESTADUAL PAULISTA UNESP FCLAs

DOI:

https://doi.org/10.48075/rlhm.v17i30.28128
Agências de fomento

Palavras-chave:

Maria Rosa Lojo (1954-), Subjetividade, Corpo, Decolonialidade, Gênero

Resumo

Na coletânea de contos Amores insólitos de nuestra historia (2011), a escritora argentina Maria Rosa Lojo reelabora as histórias individuais e coletivas de personagens que foram subalternizadas pelo discurso histórico hegemônico: indígenas, mestiças e cativas; fundadoras de uma Argentina transculturada, construída em boa parte graças às mestiçagens e alianças de culturas e etnias. Nosso trabalho objetiva analisar como a escritora ressignifica as subjetividades femininas, por meio de narrativas em que o corpo forma parte do processo de articulação dos sujeitos femininos que se opõem à colonialidade de gênero. Assim, as narrativas questionam a concepção patriarcal do corpo feminino como território a ser  conquistado, reconhecendo-o como um locus de emancipação e de constituição de subjetividades. Outrossim, analisamos como as narrativas recuperam figuras subalternizadas sem vitimizá-las ou idealizá-las, subvertendo não apenas o discurso patriarcal, mas também o projeto nacional argentino que se assumiu como etnicamente branco, e que buscou minimizar o papel das mulheres, além de tentar apagar os indigenas e outras minorias étnicas da história nacional. Contamos com o apoio teórico dos estudos de Lugones (2008, 2019), Mignolo (2020)  e Bordieu (1999).

Biografia do Autor

Maria de Fatima Oliveira Marcari, UNIVERSIDADES ESTADUAL PAULISTA UNESP FCLAs

Professora assistente doutora junto ao Depto. Letras Modernas da Faculdade de Ciências e Letras da UNESP Assis SP

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Publicado

01-02-2022

Como Citar

OLIVEIRA MARCARI, M. de F. DESCOLONIZANDO CORPOS E SUBJETIVIDADES: REPRESENTAÇÕES FEMININAS EM AMORES INSÓLITOS DE NUESTRA HISTORIA (2001). Revista de Literatura, História e Memória, [S. l.], v. 17, n. 30, p. 211–222, 2022. DOI: 10.48075/rlhm.v17i30.28128. Disponível em: https://saber.unioeste.br/index.php/rlhm/article/view/28128. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

DOSSIÊ: FEMINISMOS E LITERATURAS