Perfil sociodemográfico de doadores de sangue com sorologia positiva para o HTLV-1 no Estado de Santa Catarina no período de 2020 a 2023

Autores

  • Íris Eduarda Back Curso de Biomedicina, Fundação Universidade Regional de Blumenau (FURB)
  • Andréa do Livramento Departamento de Ciências Farmacêuticas, Fundação Universidade Regional de Blumenau (FURB) https://orcid.org/0000-0001-8432-7024

DOI:

https://doi.org/10.48075/aes.v9i2.34508

Palavras-chave:

Vírus Linfotrópico T Tipo 1 Humano, Epidemiologia, Doadores de Sangue, HTLV-1

Resumo

A despeito de o vírus linfotrópico de células T humana tipo 1 (HTLV-1) ser uma preocupação global, nota-se algumas lacunas sobre informações epidemiológicas a seu respeito. Isso dificulta o planejamento de ações de saúde oportunas e efetivas. Assim, este trabalho objetivou avaliar o perfil de doadores de sangue soropositivos para o HTLV-1 em Centros de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina (HEMOSC) para ampliar o quadro de informações no que tange ao vírus supracitado e, por fim, auxiliar no fornecimento de recursos para ações cruciais de prevenção. Sobre os dados, foram analisados aspectos sociodemográficos de candidatos que apresentaram reatividade sorológica para o vírus durante o período de 2020 a 2023. As variáveis analisadas foram: sexo, idade, etnia, escolaridade e cidade de residência. O número de casos positivos no período de análise totalizou 507. Destes, 50,9% eram do sexo masculino. A população estudada foi composta, majoritariamente, por indivíduos que se encontravam na faixa dos 16 aos 39 anos, de etnia branca, em sua maioria com ensino médio completo e residente na capital. Em suma, a caracterização do perfil sociodemográfico de indivíduos que vivem com o HTLV-1, reunida nesta pesquisa, constitui uma importante ferramenta para o direcionamento de estratégias públicas de enfrentamento à infecção pelo vírus.

Referências

Bittencourt AL. Vertical transmission of HTLV-I/II: a review. Rev Inst Med Trop Sao Paulo. 1998; 40(4): 245-251.

Murphy E et al. International retrovirology association brings together scientists and clinicians to bridge discoveries about human T-lymphotropic viruses from the laboratory to clinical trials. Retrovirology. 2005; 2(1): 22.

Bangham CRM. HTLV-1 persistence and the oncogenesis of adult T-cell leukemia/lymphoma. Blood. 2023; 141(19): 2299-2306.

LaGrenade L, Hanchard B, Fletcher V, Cranston B, Blattner W. Infective dermatitis of Jamaican children: a marker for HTLV-I infection. Lancet. 1990; 336(8727): 1345-1347.

Ozores DP et al. Prevalence and characteristics of HTLV-associated uveitis in patients from Bahia, an endemic area for HTLV - 1 in Brazil. Virol J. 2023; 20(1): 185.

Rodrigues, M; Cabral, F; Pina, F. Paraparesia espástica tropical - abordagem anestésica. Rev Bras Anestesiol. 2017; 67(6): 651-654.

Almeida MA, Miranda LR, Marchesi RF. Adult T-cell lymphoma associated with HTLV-1: An atypical case report. Hematol Transfus Cell Ther. 2023; 45(1): 95-97.

Gessain A, Cassar O. Epidemiological aspects and world distribution of HTLV-1 infection. Front Microbiol. 2012; 15(3): 388.

Rosadas C, Brites C, Arakaki-Sánchez D, Casseb J, Ishak R. Protocolo Brasileiro para Infecções Sexualmente Transmissíveis 2020: infecção pelo vírus linfotrópico de células T humanas (HTLV). Epidemiol Serv Saude. 2021; 30(Esp.1): e2020605.

Weissheimer MR, Vieira Filho D. O patrimônio cultural da imigração em Santa Catarina. Brasília, DF: Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. 2011; 225 p.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Índice de Desenvolvimento Humano. 2021. [Citado Fevereiro 2025]. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/pesquisa/37/30255?tipo=ranking&ano=2021.

Morais MTM, Caires SS. Perfil socioepidemiológico dos portadores do HTLV em um município do sudoeste Baiano. Rev Saúde Col. 2017; 7(3): 18-21.

Oliveira EH, Silva FL, Silva ML. Perfil epidemiológico dos doadores de sangue infectados pelo vírus HTLV I/II, no Estado do Piauí. Rev Interdiscip. 2015; 8(1): 149-156.

Braga AA, Lima AL, Cunha Araújo LC, Alves Morato CB, Ferreira Barbosa RN. Análise da soroprevalência de HTLV I/II em doadores de sangue de Patos – PB. Rev Cienc Saúde Nova Esperança. 2012; 10(1): 8-11.

Secretaria de Vigilância em Saúde, Ministério da Saúde. Prevalência da infecção por HTLV-1/2 no Brasil. Boletim Epidemiológico. Brasília: Ministério da Saúde. 2020; 51(48). [Citado Novembro 2024]. Disponível em: https://www.gov.br/aids/pt-br/central-de-conteudo/publicacoes/2022/boletim_epidemiologico-svs-48-htlv.pdf.

Arruda ABDL, Queiroz HA, Gomes FVBAF, Arruda AADL. Lifting positive or undermined HTLV cases in blood donation candidates. Braz J Health Rev. 2019; 2(4): 3881-3895.

Silva TCS et al. Perfil epidemiológico dos casos notificados de HTLV na Bahia no período de 2010 a 2019. Prát Cuid Rev Saude Colet. 2022; 3:e13799: 1-15.

Downloads

Publicado

11-02-2025

Como Citar

BACK, Íris E.; DO LIVRAMENTO, A. Perfil sociodemográfico de doadores de sangue com sorologia positiva para o HTLV-1 no Estado de Santa Catarina no período de 2020 a 2023 . Acta Elit Salutis, [S. l.], v. 9, n. 2, 2025. DOI: 10.48075/aes.v9i2.34508. Disponível em: https://saber.unioeste.br/index.php/salutis/article/view/34508. Acesso em: 14 mar. 2025.

Edição

v. 9 n. 2 (2024): Acta Elit Salutis

Seção

Artigos Originais

Licença

Copyright (c) 2025 Acta Elit Salutis

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.

Aviso de Direito Autoral Creative Commons

Política para Periódicos de Acesso Livre

Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:

1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.

2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.

3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).

 

Licença Creative Commons

Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, o que permite compartilhar, copiar, distribuir, exibir, reproduzir, a totalidade ou partes desde que não tenha objetivo comercial e sejam citados os autores e a fonte.