O DIÁLOGO A PARTIR DOS PRINCÍPIOS DA TEORIA E PRÁTICA EDUCATIVA FREIREANA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.48075/rt.v17i42.26543

Resumo

Professores estagnados em metodologias arcaicas, num ensino descontextualizado, mnemônico, acrítico e alienado, em nada contribuem para a construção de conhecimentos. Apenas a opção pelo diálogo garante esta construção. Todavia, este elemento teórico-prático da educação não pode ser entendido sem profunda reflexão, tampouco praticado sem amor, porque exige respeito e humildade. Por isso, neste artigo apresentamos as características do diálogo da teoria e prática educativa freireana e o afirmamos como elemento fundamental na promoção da educação autêntica – aquela que se realiza em torno da práxis – porque nela ele é entendido como expressão do amor. São, portanto, base para este estudo, as obras de Paulo Freire (1980, 1986, 1991, 2001, 2013a, 2013b, 2014a, 2014b, 2015), e a hermenêutica segundo Gadamer (2006) é o método utilizado. Entendemos que os conceitos e contribuições de Freire quanto aos termos amorosidade e diálogo, tanto teóricos como práticos, possibilitam a análise a respeito da efetividade da educação comprometida com a construção de conhecimentos e não apenas em sua transmissão. O papel do diálogo no ensino, portanto, refere-se a não imposição de ideias, seja ela feita pelo professor ou pelo livro didático; o diálogo é a opção corajosa de educadores que atuam democraticamente em favor das pessoas, do mundo e da educação.

Biografia do Autor

Juliana Battistus Mateus FERREIRA, PUCPR

Doutoranda em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (2017-2021) e Doctorante en Éducation, Carriérologie et Éthique à l’Université Catholique de l'Ouest (2017-2021). Mestre em Educação (2016) e Graduada em Pedagogia (2013) pela PUCPR. Participante do grupo de pesquisa “Pensamento Educacional Brasileiro: História e Políticas” – PUCPR. 

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Publicado

30-05-2022

Como Citar

FERREIRA, J. B. M. O DIÁLOGO A PARTIR DOS PRINCÍPIOS DA TEORIA E PRÁTICA EDUCATIVA FREIREANA. Trama, Marechal Cândido Rondon, v. 17, n. 42, p. 144–153, 2022. DOI: 10.48075/rt.v17i42.26543. Disponível em: https://saber.unioeste.br/index.php/trama/article/view/26543. Acesso em: 25 abr. 2024.