ORÍKÌ
UMA EPISTEMOLOGIA YORÙBÁ ORALITURA E ARTE (VERBAL) - INTERPRETAÇÃO/TRADUÇÃO CULTURAL
DOI:
https://doi.org/10.48075/rt.v18i43.28396Palavras-chave:
Epistemologia, Oralitura, Arte (verbal), Tradução culturalResumo
O presente artigo é um resultado parcial de pesquisas e reflexões de estudos sobre as epistemologias yorùbá1 como herança nas tradições orais africanas das Américas na tentativa de reconstrução do caminho da “palavra viva” que trouxeram as memórias e cosmovisões do continente africano, mais particularmente ao Brasil, revelando suas peculiaridades e importâncias. A partir das minhas recordações e experiências com minha avó materna, Arugbá, carinhosamente chamada Dàádáà, no norte do Benim, na cidade de Parakou, e de análise de alguns poemas yorùbá, em guisa de ilustração, aspectos socioculturais são abordados para tratar um fenômeno comunicativo identitário de saudações fortemente presente nas comunidades yorùbá, em sua vizinhança e nas Américas: Oríkì. O faço sob luz dos estudos sobre tradição oral e historiografia africana de Joseph Ki-Zerbo (2010) e Amadou Hampaté Bâ (2010); também a partir dos textos de Ayoh’Omidire (2020, 2005), Idrissou (2020), recentes trabalhos sobre Oríkì no Brasil. Percebeu-se que oríkì manifesta-se no Brasil de forma multifacética (em poesias, cânticos, orações...) como uma arte verbal rica e interessante que mobiliza jogos de tradução, conhecimentos socioculturais e até religiosos.
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