Analisando os aspectos emergentes e as percepções dos alunos sobre uma produção de escrita em pares: uma experiência em uma sala de aula de Língua Inglesa

Autores

  • Laryssa Paulino de Queiroz Sousa
Agências de fomento

Palavras-chave:

Sociointeracionismo, Aprendizagem colaborativa, Produção de escrita em pares.

Resumo

O estudo em questão é norteado pela perspectiva sociocultural e interacionista da linguagem, com enfoque nos conceitos de zona de desenvolvimento proximal (AHMED, 1994; ALJAAFREH; LANTOLF, 1994; DONATO, 2000; DUNN; LANTOLF; APPEL, 1994; VYGOTSKY, 1998), scaffolding (DONATO, 2000; FIGUEREDO, 2006; WOOD; BRUNER; ROSS, 1976) e aprendizagem colaborativa (FIGUEIREDO, 2003, 2006; OXFORD, 1997), a partir de uma investigação realizada em uma sala de aula de ensino e aprendizagem de língua inglesa, em um centro de idiomas em Goiânia. Nesse contexto, foi proposto aos alunos que, trabalhando em pares, desenvolvessem uma história a partir de figuras e que a escrevessem juntos. Assim, o estudo buscou analisar os principais aspectos emergentes provenientes das interações entre os alunos participantes e suas percepções em relação a uma atividade de escrita em pares. A investigação enquadra-se no âmbito da pesquisa qualitativa, como um estudo de caso, no qual foram usados como instrumentos: um questionário inicial, gravações em áudio das interações entre os aprendizes e uma entrevista final individual sobre a experiência. Em síntese, destacaram-se nos dados a colaboração e coconstrução do conhecimento, o uso de recursos metalinguísticos, a fala privada, a regulação pelo outro, a autorregulação, a imitação e a negociação.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALJAAFREH, A.; LANTOLF, J. P. Negative Feedback as Regulation and Second Language Learning in the Zone of Proximal Development. The Modern Language Journal, v. 78, n. 4, p. 465-483, 1994.

AHMED, M. K. Speaking as cognitive regulation: a Vygotskian perspective on dialogic communication. In: LANTOLF, J.; APPEL, G. (Eds.). Vygotskian Approaches to Second Language Research. New Jersey: Ablex Publishing Corporation, 1994. p. 157-171.

ANTÓN; M. The Discourse of a Learner-Centered Classroom: Sociocultural Perspectives on Teacher-Leaner Interaction in the Second-Language Classroom. The Modern Language Journal, v. 83, n. 3, p. 303-318, 1999.

ANTÓN, M.; DICAMILLA, F. J. Socio-Cognitive Functions of L1 Collaborative Interaction in the L2 Classroom. The Modern Language Journal, v. 83, n. 2, p. 233-247, 1999.

BANKS-LEITE, L. As dimensões interacionistas e construtivistas em Vygotsky e Piaget. Caderno Cedes, ano XX, n. 24, p. 31-37, 2000.

BELL, J. Projeto de Pesquisa: Guia para pesquisadores iniciantes em educação, saúde e ciências sociais. 4. ed. Porto Alegre, RS: Artmed/Bookman, 2008.

BRAMMERTS, H. Tandem language learning via the internet and the International E-Mail Tandem Network. In: LITTLE, D.; BRAMMERTS, H. (Eds.). A guide to language learning in tandem via the Internet. CLCS Occasional Paper, n. 46, Dublin: Trinity College, Centre pro Language and Communication Studies, p. 9-22, 1996.

CÂNDIDO JUNIOR, A. Os processos de colaboração e de negociação durante a relização de atividades comunicativas. In: FIGUEIREDO, F. J. Q. de. (Org.). A aprendizagem colaborativa de línguas. Goiânia: Ed. da UFG, 2006. p. 47-80.

DENZIN, N. K.; LINCOLN, Y. S. Introduction: The discipline and practice of qualitative research. In: DENZIN, N. K.; LINCOLN, Y. S. (Eds.) Strategies of qualitative inquiry. Thousand Oaks, CA: Sage, 2003. p. 1-45.

DONATO, R. Sociocultural contributions to understanding the foreign and second language classroom. In: LANTOLF, J. P. (Ed.). Sociocultural Theory and Second Language Learning. Oxford: Oxford University Press, 2000. p. 27-50.

DUNN; W. E.; LANTOLF, J. P. Vygotsky’s Zone of Proximal Development and Krashen’s i +1: Incommensurable Constructs; Incommensurable Theories. Language Learning, v. 48, n. 3, p. 411-442, 1998.

FIGUEIREDO, F. J. Q. de. A aprendizagem colaborativa: foco no processo de correção dialogada. In: LEFFA, V. J. (Org.). A interação na aprendizagem das línguas. Pelotas: EDUCAT, 2003. p. 125-157.

______. A aprendizagem colaborativa de línguas: algumas considerações conceituais e terminológicas. In: FIGUEIREDO, F. J. Q. de. (Org.). A aprendizagem colaborativa de línguas. Goiânia: Ed. da UFG, 2006. p. 11-45.

FIGUEIREDO, F. J. Q. de.; SILVA, S. V. da. Interações telecolaborativas na aprendizagem de línguas estrangeiras: foco no uso dos recursos do aplicativo computacional Openmeetings. Ilha do Desterro, n. 66, p. 133-171, 2014.

FIGUEREDO, C. J. A construção colaborativa do discurso em sala de aula de L2/LE: foco nas estratégias de comunicação. In: FIGUEIREDO, F. J. Q. de. (Org.). A aprendizagem colaborativa de línguas. Goiânia: Ed. da UFG, 2006. p. 111-142.

GODOY, A. Estudo de caso qualitativo. In: GODOI, C.; BANDEIRA-DE-MELLO, R.; BARBOSA DA SILVA; A. (Orgs). Pesquisa Qualitativa em Estudos Organizacionais: Paradigmas, Estratégias e Métodos. São Paulo: Saraiva, 2006. p. 115-146.

GONZÁLEZ, Y. Y. Y. et al. The Role of Collaborative Work in the Development of Elementary Students’ Writing Skills. PROFILE, v. 15, n. 3, p.11-25, 2013.

HALL, J. K.; WALSH, M. Teacher-student interaction and language learning. Annual Review of Applied Linguistics, v. 22, p. 186-203, 2002.

HELM, F. A dialogical model for tellecollaboration. Bellaterra Journal of Teaching & Learning Language &Literature, v. 6, n. 2, p. 28-48, 2013.

LANTOLF, J. P.; APPEL, G. Theoretical framework: an introduction to Vygotskian approaches to second language research. In: LANTOLF, J.; APPEL, G. (Ed.). Vygotskian Approaches to Second Language Research. New Jersey: Ablex Publishing Corporation, 1994. p. 1-32.

LEE, L. Learners’ perspectives on network collaborative interaction with native speakers of Spanish in the US. Language Learning & Technology, v. 8, n. 1, p. 83-100, 2004.

LIMA, M. Collaborative tasks and learning occasions in English as a foreign language. Revista Brasileira de Linguística Aplicada. Belo Horizonte, v. 11, n. 4, p. 837-852, 2011.

LÜDKE, M.; ANDRÉ, M. E. D. A. Abordagens qualitativas de pesquisa: a pesquisa etnográfica e o estudo de caso. In: ______. Pesquisa em Educação: Abordagens Qualitativas. São Paulo: EPU, 1986. p. 11-24.

MCCAFFERTY, S. G. The use of private speech by adult ESL learners at different levels of proficiency. In: LANTOLF, J.; APPEL, G. (Ed.). Vygotskian Approaches to Second Language Research. New Jersey: Ablex Publishing Corporation, 1994. p. 117-134.

MELLO, H. A. B.; REES, D. K. A investigação etnográfica na sala de aula de segunda língua/ língua estrangeira. Cadernos do IL, n. 42, p. 30-50, junho de 2011.

MOREIRA, H.; CALEFFE, L. G. Metodologia científica para o professor pesquisador. 2. Ed. Rio de Janeiro: Lamparina, 2008.

OLIVEIRA, M. K. O pensamento de Vygostky como fonte de reflexão sobre a educação. Caderno Cedes, ano XX, n. 35, p. 11-18, 2000.

OXFORD, R. L. Cooperative learning, collaborative learning, and interaction: Three communicative strands in the language classroom. The Modern Language Journal, v. 81, n. 4, p. 443-456, 1997.

SWAIN, M.; LAPKIN, S. Interaction and Second Language Learning: Two Adolescent French Immersion Students Working Together. The Modern Language Journal, v. 82, n. 3, p. 320-337, 1998.

SWAIN, M; WATANABE, Y. Languaging: Collaborative Dialogue as a Source of Second Language Learning. In: CHAPELLE, C. (Ed.). The Encyclopedia of Applied Linguistics. Malden, MA: Wiley-Blackwell, 2013. Disponível em: <http://www.researchgate.net/publication/267633649_The_Encyclopedia_of_Applied_Linguistics>. Acesso em: 06 de agosto de 2015.

TELLES, J. A. “É pesquisa, é? Ah, não quero, não bem!” Sobre a pesquisa acadêmica e a sua relação com a prática do professor de línguas. Linguagem e Ensino, v. 5, n. 2, p. 91-116, 2002.

TORRES, P. L.; IRALA, E. A. F. Aprendizagem Colaborativa: Teoria e Prática. In: TORRES, P. L. (Org.). Complexidade: redes e conexões na produção do conhecimento. Curitiba: SENAR - PR, 2014. p. 61-93.

VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

WATCYN-JONES, P. Vocabulary 1: Games and Activities. Essex: Penguin Books, 2001. p. 59.

WERTSCH, J. V. From social interaction to higher psychological processes: A clarification and application of Vygotsky's theory. Human Development, v. 22, p. 1-22, 1979.

WOBETO, R. Produção colaborativa de textos escritos em língua inglesa: um estudo de caso. Dissertação (Mestrado em Letras e Linguística) – Faculdade de Letras, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2012.

WOOD, D.; BRUNER, J. S.; ROSS, G. The Role of Tutoring in Problem Solving. Journal of Child Psychology and Psychiatry, v. 17, p. 89-100, 1976.

Downloads

Publicado

29-06-2016

Como Citar

PAULINO DE QUEIROZ SOUSA, L. Analisando os aspectos emergentes e as percepções dos alunos sobre uma produção de escrita em pares: uma experiência em uma sala de aula de Língua Inglesa. Travessias, Cascavel, v. 10, n. 1, p. e13145, 2016. Disponível em: https://saber.unioeste.br/index.php/travessias/article/view/13145. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

LINGUAGEM