Análise e estudo de problemas de grafia em produções textuais escritas de alunos do 6º ano do Ensino Fundamental

Autores

  • Nadieli Mara Hullen Gerei
Agências de fomento
CAPES

Palavras-chave:

Fala, escrita, variação linguística, ortografia.

Resumo

Apresentamos neste artigo os resultados iniciais de pesquisa de Mestrado sobre problemas de grafia em produções escritas de alunos do 6º ano do Ensino Fundamental. Frente à indagação: que hipóteses e percursos o aluno segue na utilização do código escrito nas produções textuais, considerando o conhecimento da escrita e as interferências dos fenômenos da fala? procuramos respostas, tendo como objetivo geral desenvolver algumas reflexões sobre o papel da escola em contextos multilíngues e sobre a necessidade de uma metodologia de ensino que contemple os fenômenos de variação e mudança linguística como conteúdos que reafirmam a identidade do falante. Trata-se de uma pesquisa com fundamentosna Linguística Aplicada e na Sociologia da Linguagem, com os aportes metodológicos da Sociolinguística Variacionista. Para a discussão teórica, baseamo-nos principalmente em Bagno (2002, 2007), Bortoni-Ricardo (2006, 2010), Cagliari (1994), Mollica (2003), Mollica et al. (2008), Oliveira (1989, 2005), entre outros. Após a fundamentação teórica, apresentamos a Metodologia, que, de forma qualitativa, descreve a geração e o tratamento dos dados. Para este trabalho, foram realizadas duas gerações de textos, para a elaboração de Unidade Didática a ser aplicada na escola. Dos dados analisados até o momento, e embasando-nos nas reflexões teóricas que nortearam este trabalho, é possível afirmarmos que as interferências da fala na escrita são uma constante nas produções; é comum a presença de problemas de grafia, considerando que o aluno utiliza a sua fala como parâmetro para a atividade de escrita e para as arbitrariedades do código escrito.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BAGNO, Marcos. Sete erros aos quatro ventos: a variação linguística no ensino do português. São Paulo: Parábola, 2013.

______. Nada na língua é por acaso: por uma pedagogia da variação linguística. São Paulo: Parábola, 2007.

BORTONI-RICARDO, Stella Maris. Nós chegemu na escola, e agora? São Paulo: Parábola, 2006.

BUSSE, Sanimar. Um Estudo Geossociolinguístico da Fala do Oeste do Paraná. 2010. 287 f. Tese (Doutorado em Estudos da Linguagem). Universidade Estadual de Londrina, Londrina.

CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e ortografia. Educar em Revista, Curitiba, vol. 20, n. 1, p. 43-58, 2002.

_______. Alfabetização e lingüística. 2. ed. São Paulo: Scipione, 1994.

GAGNÉ, Gilles. A norma e o ensino da língua materna. In: BAGNO, Marcos; STUBBS, Michael; GAGNÉ, Gilles. Língua materna: letramento, variação e ensino. São Paulo: Parábola, 2002. p. 163-243.

OLIVEIRA, Marco Antônio. Da forma sonora da fala à forma gráfica de escrita: uma análise linguística de alfabetização. Cadernos de estudos linguísticos, Campinas, v.16, nº 16, p.5-30, jan./jun. 1989.

OTHERO, Gabriel de Ávila. Processos fonológicos na aquisição da linguagem pela criança. ReVEL, v. 3, n. 5, p. 01-13, 2005.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes curriculares da educação básica: Língua Portuguesa. Curitiba: Secretaria de Estado da Educação do Paraná, 2008.

Downloads

Publicado

05-12-2016

Como Citar

HULLEN GEREI, N. M. Análise e estudo de problemas de grafia em produções textuais escritas de alunos do 6º ano do Ensino Fundamental. Travessias, Cascavel, v. 10, n. 3, p. e15634, 2016. Disponível em: https://saber.unioeste.br/index.php/travessias/article/view/15634. Acesso em: 26 abr. 2024.

Edição

Seção

[DT] REFLEXÃO LINGUÍSTICA A REBOQUE DA FALTA DE REFLEXÃO SOBRE A APLIC. TEÓRICA