Marginalidade e homoerotismo nas narrativas de Marcelino Freire
DOI:
https://doi.org/10.48075/rt.v14i3.25442Palavras-chave:
Marginalidade, Homoerotismo, Marcelino Freire.Resumo
As narrativas de Marcelino Freire fazem parte da vasta produção literária brasileira da atualidade. É possível identificar nos personagens, nos ambientes e nos enredos, do autor pernambucano, traços estilísticos recorrentes como a temática da marginalidade e do homoerotismo. Torna-se necessário estabelecer uma análise de tais traços, de forma articulada, a partir de uma comparação entre textos literários e teóricos. Assim, neste trabalho, propomos, a partir da análise literária das narrativas de Marcelino Freire, estabelecer uma articulação entre a literatura marginal e as noções de homoerotismo. Para a análise, destacamos os contos “A volta de Carmen Miranda”, do livro BaléRalé (2003), e “Coração”, do livro Contos Negreiros (2015), bem como o romance Nossos Ossos (2013). Valemo-nos de análise comparativa entre textos literários do autor e, assim, revistamos os conceitos de literatura marginal e periférica a partir dos textos de Rejane Pivetta de Oliveira (2011), Karl Erik Schøllhammer (2009), Jaime Ginzburg (2012), Flora Süssekind (2005). Da mesma forma, retomamos os elementos dos estudos sobre homoerotismo a partir da leitura de Jurandir Freire Costa (1992) e David William Foster (2019). Ao final, pretendemos consolidar, por meio da análise literária comparatista, a relação entre marginalidade e homoerotismo nas narrativas de Marcelino Freire, bem como uma articulação possível para leituras da literatura contemporânea brasileira.Downloads
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