Kintsugi 100 (sem) memórias: o gesto autoficcional performativo para o encontro com a dramaturgia da memória
DOI:
https://doi.org/10.48075/rt.v15i1.26227Palavras-chave:
Dramaturgia da memória, Kintsugi 100 (sem) memórias, Performatividade, Processos de criação.Resumo
O ponto de partida se dá pelo diálogo entre um alargamento do conceito de ‘dramaturgia’ exercitado em experimentações cênicas contemporâneas, colocado em relação a espetáculos que têm como mote a investigação da memória do ator/performer em uma perspectiva autoficcional. O trabalho sobre o “eu” e a evocação das memórias é evidenciado como procedimento de criação de um teatro performativo. Com base nestes pressupostos e, tomando como objeto um trabalho artístico de relevância nesta temática e referência nas artes da cena, o objetivo é compreender como a dramaturgia da memória se constrói no processo de criação do espetáculo Kintsugi: 100 (sem) memórias (2019) do Lume Teatro. Para tanto, os seguintes questionamentos são levantados: Sob quais perspectivas a memória é configurada nesta obra? Como os limites entre o “real” e o ficcional são definidos nos processos de criação neste trabalho cênico? A metodologia empregada é a da literatura comparada, na análise texto/cena/performatividade com vistas ao processo de composição. A base teórica se delimita principalmente nos seguintes autores: Eco, Borriaud, Lopes e nos relatos da atriz Ana Cristina Colla em entrevista nesta pesquisa elaborada, entre outros. Como resultado, constatamos que a 'memória criadora' aliada à performatividade fricciona as fronteiras real/ficcional, redimensionando a cena e a dramaturgia contemporâneas.
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Referências
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