Reverberações do patrimônio cultural
o sino e o ofício de sineiro representados na literatura, no cinema e na música
DOI:
https://doi.org/10.48075/rt.v16i1.28196Palavras-chave:
Patrimônio Cultural, Toque dos Sinos, Ofício de Sineiro, IntermidialidadeResumo
Em 2009, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), determinou que o Toque dos Sinos e o Ofício de Sineiros são considerados Patrimônios Culturais do Brasil. O processo de salvaguarda teve como referência nove cidades de Minas Gerais e mostra a importância das práticas e dos saberes a eles inerentes. Nesse contexto, este artigo investiga sobre como o sino e o sineiro são retratados em produções artísticas. O estudo analisa as manifestações performáticas a partir das três funções que os sinos desempenham: percussão, religiosidade e sinalização (BARBOSA, 2016). Para tanto, o objeto do estudo são dez produções artísticas distribuídas entre literatura, cinema e música. A metodologia compreende a análise das produções a partir das funções e da representatividade do bem cultural (CARSALADE, 2016). Deste modo, o objetivo da pesquisa é mostrar as representações do sino em diferentes produções artísticas. O estudo ampara-se em Choay (2000) e Rajewsky (2012), a fim de entender as reverberações entre patrimônio cultural e as representações midiáticas. Ao final, concluímos que a linguagem presente no toque dos sinos, assim como a atuação de sineiro, inspirou muitas produções artísticas e, em algumas, há múltiplas relações com a ideia de patrimônio cultural, favorecendo as representações midiáticas que se mostram como uma possibilidade eficaz para as reverberações de bens de natureza imaterial.
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