LIVRO DIDÁTICO: REFLEXÕES ENVOLVENDO AUTORIA, CONTEÚDO E TEORIA

Autores

  • Neide Almeida Fiori

Palavras-chave:

Livro didático, autoria, Teoria do branqueamento, Democracia racial.

Resumo

O estudo trata da imagem estereotipada que historicamente tem cercado o autor de
livro didático, aponta como esta vem se modificando e refere diferentes circunstâncias que têm
levado professores a assumirem a responsabilidade de escrever manuais escolares. Evidencia,
ainda, a partir do conceito de livro didático proposto por Décio Gatti, uma literatura
multifacetada em termos de perspectivas de análise, situações que serão relacionadas com o
pensamento de François Dubet. Aborda as recentes formas de elaboração dos manuais escolares
bastante ligadas com as novas tecnologias editoriais e discorre, à luz da Lei n.9.610 de 1998, sobre
os direitos e responsabilidades dos autores de manuais escolares quanto ao uso de imagens
fotográficas. Salienta a importância dessas contribuições passíveis, segundo Boris Kossoy, de
serem consideradas como documentos históricos oriundos de fontes interdisciplinares e assim
envolvendo vários campos do conhecimento. Enfoca o movimento militar de caráter autoritário
que geriu os destinos do Brasil de 1964 a 1985, influindo nos rumos da educação e na posição
dos autores. Nesse contexto, o Decreto-lei de n. 477 de 1969 atua no sentido de cerceamento da
liberdade e de controle do pensamento, repercutindo nos livros didáticos. Em relação ao
conteúdo dos manuais escolares, relacionados com situações étnico-raciais trata da “tese do
branqueamento”, que tem implícita a idéia de superioridade da raça branca, e da tese da
“democracia racial” brasileira, referindo-se a momento histórico posterior.

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Publicado

29-12-2009

Como Citar

FIORI, N. A. LIVRO DIDÁTICO: REFLEXÕES ENVOLVENDO AUTORIA, CONTEÚDO E TEORIA. Travessias, Cascavel, v. 3, n. 3, 2009. Disponível em: https://saber.unioeste.br/index.php/travessias/article/view/3447. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

EDUCAÇÃO