LAVOURA ARCAICA E A EXPOSIÇÃO DA INTIMIDADE DA FAMÍLIA: DO PRIVADO PARA O PÚBLICO

Autores

  • Rosicley Andrade Coimbra

Palavras-chave:

Cultura, Literatura, Relações de poder

Resumo

RESUMO: Este artigo visa refletir acerca da postura do narrador-personagem André em Lavoura arcaica (1975), de Raduan Nassar. A partir do momento em que foge de casa, André se refugia em um quarto de pensão e se entrega a uma vida dissoluta longe dos olhares da família. Com a chegada do irmão mais velho, Pedro, com a intenção de levá-lo de volta para casa, André começa a expor suas angústias e os reais motivos de sua fuga. Um dos pontos que chama atenção em sua narração é a forma como apresenta o corpo familiar. Na verdade sua narração passa a expor a intimidade familiar, procedendo a uma desprivatização daquilo que não teria importância na esfera pública, uma vez que não seriam considerados como ação. Mas entendemos que por meio dessa estratégia, André acaba por tirar o pai da esfera privada, concernente ao lar, e lançá-lo numa outra esfera, a pública, onde a ação é a atividade que a norteia. A partir daí o discurso do filho equipara-se ao discurso do pai. Assim, André ganha autoridade então para questionar, contestar e parodiar o discurso paterno.

Palavras-chave: Família; Corpo; Exposição; Resistência; Lavoura arcaica

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

26-05-2011

Como Citar

COIMBRA, R. A. LAVOURA ARCAICA E A EXPOSIÇÃO DA INTIMIDADE DA FAMÍLIA: DO PRIVADO PARA O PÚBLICO. Travessias, Cascavel, v. 5, n. 1, p. e4342, 2011. Disponível em: https://saber.unioeste.br/index.php/travessias/article/view/4342. Acesso em: 24 abr. 2024.

Edição

Seção

CULTURA