EU JÁ TIVE ORKUT
Resumo
Quando começou a “febre” chamada Orkut eu estava no ensino médio, precisamente no terceiro ano. Lembro que meus amigos falavam sobre fotos postadas, comunidades, adicionar pessoas, enfim, várias coisas sobre as coisas eu não sabia do que se tratava. Um dia, um desses meus amigos disse que iria me enviar um convite para que eu fizesse parte da rede, já que na época apenas quem era convidado podia fazer parte dela. Fiz tudo como ele me orientou e em alguns minutos meu perfil estava criado. E agora? Perguntei a ele e a mim mesma querendo saber o que fazer com todas aquelas informações e ferramentas que estavam ali na minha frente. Aos poucos fui me adaptando àquele novo mundo e comecei até a gostar de ficar ali, tirando e postando fotos, “entrando” em comunidades que acreditava parecerem comigo e, claro, “fuçando” o perfil dos outros. Minha página tinha que ser atualizada diariamente e eu tinha que adicionar o maior número possível de pessoas por que me disseram que isso significava ser popular. Fiz isso por alguns anos, uns dois ou três, talvez, até me cansar. Dos (apenas) centro e trinta “amigos” que eu tinha, conhecia uns oitenta e destes, somente quatro eram amigos de verdade. O tempo foi ficando curto e a atualização de fotos foi ficando cada vez menor assim como as “visitas” aos perfis alheios. Decidi, então, deletar minha página.
Sei que o orkut ainda existe, mas divide espaço com o facebook, o Twitter, e alguns outros sites de relacionamentos. Diariamente recebo em minha caixa de e-mail convites para me agregar a essas comunidades virtuais, mas não vejo mais nenhum interesse em participar delas. Hoje já estou na minha terceira graduação, preferindo meus livros de cabeceira a um scrap na madrugada, mas não deixo de me lembrar das coisas memoráveis e até irônicas que vi enquanto “orkuteira”, como a comunidade “Saia do Orkut e vá ler um livro”. Estranho, não?
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