EFEITOS DA VIBRAÇÃO MECÂNICA SOBRE O OSSO FÊMUR DE RATAS WISTAR OOFORECTOMIZADAS
DOI:
https://doi.org/10.48075/vscs.v3i2.18668Keywords:
osteoporose pós-menopausa, ovariectomiaAbstract
O crescente envelhecimento da população brasileira vem resultando no aumento de doenças crônico-degenerativas, como a osteoporose, caracterizada pela baixa massa óssea. Essa doença pode ser causada pela deficiência estrogênica, atingindo mulheres no período pós-menopausa. Dentre as modalidades de tratamento, verifica-se a aplicação de carga mecânica, podendo ser realizada por meio da plataforma vibratória. Assim, o objetivo do estudo consiste em analisar os efeitos da vibração mecânica aplicada durante quatro e oito semanas, sobre o osso fêmur de ratas Wistar ooforectomizadas. Trata-se de uma pesquisa quantitativa, básica, descritiva de caráter experimental. Foram utilizadas 64 ratas randomizadas nos grupos ooforectomia e pseudoooforectomia (n=32/grupo). Decorridos 60 dias do pós-operatório, iniciou-se às intervenções e os grupos foram subdivididos em quatro: animais que não realizaram nenhum tratamento, eutanasiados após 4 e 8 semanas e animais tratados durante 4 e 8 semanas. Para a realização do tratamento, utilizou-se uma plataforma Vibro Oscilatória Arktus, frequência de 60Hz por 10 minutos, aplicados durante três dias intercalados. Foram posicionadas 8 ratas por vez, separadas por baias (13x19) e realizado rodízio dos animais em cada dia de tratamento, para passarem por todos os pontos da plataforma. Findado o tratamento, houve a dissecação do fêmur direito seguido de corte transversal da diáfise para mensuração da área do canal medular, contagem número de osteócitos e espessura do osso cortical, realizados com o programa Image-Pro-plus6.0. Os resultados foram analisados com o programa R, quanto a normalidade pelo teste de Shapiro Wilk, seguido da análise de variância de três vias, e quando significativo (p<0,05) realizado o teste TukeyHSD. Como resultado para as variáveis da área do canal medular e número de osteócitos, não houve diferença estatisticamente significativa (p>0,05). Em relação a espessura do osso cortical, houve diferença estatisticamente significativa (p<0,05) sendo que, os grupos pseudoooforectomia (x ̅=434.62±31.34) que não realizaram vibração apresentaram médias maiores do que ooforectomia (x ̅=368.73±32.21) e dentre os grupos ooforectomizados, aqueles submetidos a vibração, independente do tempo, apresentaram medias maiores (x ̅=434.04±20.25) comparado aos que não realizaram (x ̅=368.73±32.21). Assim denota-se, que a vibração aplicada durante quatro e oito semanas promoveu aumento da espessura do osso cortical nos grupos ooforectomizados.