Diálogos sobre sustentabilidade: Análise da concepção de sustentabilidade no material de comunicação da Anglo American com as comunidades afetadas pelo empreendimento Minas-Rio
DOI:
https://doi.org/10.48075/amb.v7i1.32698Resumo
Empresas do setor extrativista vêm se aproximando das agendas políticas ambientais desde a década de 2000. No que tange à mineração, essa aproximação se deu diante de uma crise na legitimidade do setor. A incorporação de práticas sustentáveis possui uma ligação com a recuperação da imagem das grandes mineradoras junto à sociedade civil. A partir desse movimento, empresas passam a se utilizar de conceitos como “mineração sustentável” e “boas práticas” para descrever suas formas de atuação. Neste mesmo período, houve, na América Latina, um processo de expansão das fronteiras extrativistas relacionado ao boom das commodities, levando a mineração para territórios anteriormente protegidos. É nesse cenário que começam as negociações para a implantação do empreendimento Minas-Rio, na região do Espinhaço Meridional, no estado de Minas Gerais, Brasil. Com a instalação do empreendimento, há também o estabelecimento de diversos conflitos motivados pelas consequências socioambientais de suas operações. As relações entre a mineradora Anglo American e as comunidades estabelecidas na região do Minas-Rio têm sido complexas e marcadas por fortes assimetrias de poder, o que levou a denúncias de violações de direitos fundamentais. Este artigo irá investigar os documentos de comunicação para com as comunidades localizadas no entorno do Minas-Rio. Nesse sentido, a pergunta de pesquisa que orienta este artigo é: Como a Anglo American caracteriza “sustentabilidade” em seu material institucional voltado para as comunidades que hospedam o empreendimento Minas-Rio? Para respondê-la, foi feita uma análise de conteúdo do material institucional da empresa voltado para essa comunicação.
Palavras-Chave: Mineração; Desenvolvimento Sustentável; Sustentabilidade; Responsabilidade Social Empresarial.
Dialogues on Sustainability: Analysis of the Sustainability Concept in Anglo American’s Communication Materials for the Communities Affected by the Minas-Rio Project
Abstract
Extractivist sector firms have increasingly engaged with environmental policy agendas. When it comes to the mining sector, this rapprochement unfolded amid a legitimacy crisis. Adopting sustainable practices has, therefore, become intertwined with rebuilding the sector's reputation before civil society. Against this backdrop, corporations began to employ notions such as “sustainable mining” and “best practices” to describe many of their operations. During the same period, Latin America experienced an expansion of the extractive frontiers, closely linked to the commodities boom of the early 2000s, pushing mining activities into previously protected areas. It is in this context that negotiations began for the Minas-Rio Project in the southern Espinhaço region in Minas Gerais, Brazil. The project's installation also generated conflicts stemming from the socio-environmental impacts consequent to its operations. The relations between Anglo American and the communities living in the region have been complex and marked by pronounced power asymmetries from the beginning, leading to violations of the affected population's fundamental rights. This article investigates the company's communication material aimed at the communities living in the region. Accordingly, the proposed question is: How does Anglo American define “sustainability” in its institutional discourse aimed at the surrounding communities of the Minas-Rio Project? To address this question, the study undertakes a content analysis of the firm's community-oriented institutional documents.
Keywords: Mining; Sustainable Development; Sustainability; Corporate Social Responsibility.
Diálogos sobre Sostenibilidad: Análisis del Concepto de Sostenibilidad en los Materiales de Comunicación de Anglo American con las Comunidades Afectadas por el Proyecto Minas-Rio
Resumen
Las empresas del sector extractivo se han ido acercando a las agendas políticas ambientales desde la década de 2000. En lo que respecta a la minería, este acercamiento se dio ante una crisis de legitimidad en el sector. La incorporación de prácticas sostenibles está vinculada a la recuperación de la imagen de las grandes empresas mineras ante la sociedad civil. A partir de este movimiento, las empresas comenzaron a utilizar conceptos como "minería sostenible" y "buenas prácticas" para describir sus operaciones. Durante este mismo período, en América Latina, hubo un proceso de expansión de las fronteras extractivas relacionado con el auge de las commodities, llevando la minería a territorios previamente protegidos. En este escenario, comenzaron las negociaciones para la implementación del proyecto Minas-Rio en la región del Espinhaço Meridional, en el estado de Minas Gerais, Brasil. Con la instalación del proyecto, surgieron diversos conflictos debido a las consecuencias socioambientales de sus operaciones. Las relaciones entre la empresa minera Anglo American y las comunidades establecidas en la región de Minas-Rio han sido complejas y marcadas por fuertes asimetrías de poder, lo que llevó a denuncias de violaciones de derechos fundamentales. Este artículo pretende investigar los documentos de comunicación con las comunidades ubicadas en los alrededores de Minas-Rio. En este sentido, la pregunta de investigación que guía este artículo es: ¿Cómo caracteriza Anglo American la "sostenibilidad" en su material institucional dirigido a las comunidades que albergan el proyecto Minas-Rio? Para responder a esto, se realizó un análisis de contenido del material institucional de la empresa dirigido a esta comunicación
Palabras-clave: Minería; Desarollo Sostenible; Sostenabilidad; Responsabilidad Social Empresarial.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Aviso de Direito Autoral Creative Commons
Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
Licença Creative Commons
Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional, o que permite compartilhar, copiar, distribuir, exibir, reproduzir, a totalidade ou partes desde que não tenha objetivo comercial e sejam citados os autores e a fonte.