Gerencialismo Ambiental: Uma face da ambientalização corporativa analisada por meio de práticas ESG

Autores

  • Thiago Roniere Rebouças Tavares Professor do Departamento de Geografia Humana da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ/Campus Maracanã)

DOI:

https://doi.org/10.48075/amb.v7i1.35597

Resumo

O objetivo deste trabalho é compreender em que medida as transformações das formas de funciona­mento das políticas e tecnologias do gerencialismo produziram mudanças profundas no modo de relacio­namento que setores corporativos e estatais possuem com a questão ambiental, bem como seus rebati­mentos sócio-espacias e econômicos. Aquilo que chamamos de gerencialismo ambiental se refere as es­tratégias e táticas, na contemporaneidade, de captura e subordinação das discussões e práticas sobre a natureza – e sua transfiguração – sob as intencionalidades do mercado, por meio de exercícios e técnicas escrupulosamente treinadas para seu controle e instrumentalização, ou, também, de seu escamotea­mento.  O gerencialismo ambiental trata da configuração que o modelo privado de gerenciar a empresa capitalista assume, ao incorporar a questão ambiental. Esta irá interferir e produzir formas políticas – bem como “políticas públicas” – de administração e comando, competentes e necessárias para a sua intromis­são em um objeto tão amplo e diverso. Em nosso caso, vamos focar nas práticas anotadas na cartilha ESG de uma grande empresa siderúrgica. Para realização deste trabalho fizemos um levantamento bibliográ­fico sobre autores que estudaram formatos e artifícios gerenciais. Nosso levantamento incluiu publica­ções nacionais e internacionais, e por uma viabilidade operacional, considerou parte da literatura mais crítica sobre este fenômeno. Também nos debruçamos sobre relatórios e dados secundários produzidos por instituições públicas e privadas para compreender de forma qualitativa a aplicação e os rebatimentos da cartilha ESG, albergadas pela empresa Ternium Brasil e seus interesses. 

Palavras-chave: ESG; Gerencialismo; Ambientalização; Gerencialismo Ambiental; Financeirização; Ternium.

 

Environmental Managerialism: A dimension of corporate environmentalization analyzed through ESG practices

Abstract

This study will examine to what extent the transformations in the functioning of managerial policies and technologies induce changes in the relationship between corporate and state sectors regarding environmental issues, as well as the social, spatial, and economic repercussions. Environmental managerialism discusses the strategies and tactics of capturing and subordinating discussions and practices about nature – and its transformations – to market intentions, through trained exercises and techniques for its control and instrumentalization, or also, its concealment. Environmental managerialism addresses the configuration that a private model of managing the capitalist enterprise takes when incorporating environmental issues. This will interfere with and produce political forms – as well as "public policies" – of administration and command, competent and necessary for its intrusion into such a broad and diverse object. The text will discuss the practices of the ESG guidelines of a large steel company. To achieve the objectives of the paper, we conducted a literature review on authors who studied managerial formats and devices. We covered national and international publications, considering part of the critical literature on this subject. We researched reports and secondary data produced by public and private institutions. We qualitatively understood the application and repercussions of the ESG guidelines implemented by the company Ternium Brasil.

Key words: ESG; Managerialism; Environmentalization; Environmental Managerialism; Financialization; Ternium.

 

Gestión Ambiental: Un aspecto de la ambientalización de corporativa analizada por las prácticas ESG

Resumen

El objetivo de este artículo es comprender hasta qué punto las transformaciones en el funcionamiento de las políticas y tecnologías gerenciales han producido cambios tan profundos en la forma en que los sectores corporativo y estatal se relacionan con las cuestiones ambientales, así como en sus repercusio­nes socioespaciales y económicas. Lo que denominamos gerencialismo ambiental se refiere a las estrate­gias y tácticas para capturar y subordinar las discusiones y prácticas sobre la naturaleza - y su transfigu­ración - a las intenciones del mercado, mediante ejercicios y técnicas cuidadosamente entrenadas para su control e instrumentalización, o incluso su ocultación. El gerencialismo ambiental aborda la configura­ción que asume un modelo privado de gestión de una empresa capitalista al incorporar la cuestión am­biental. Esto interferirá y producirá formas políticas - así como “políticas públicas” - de administración y mando, competentes y necesarias para su injerencia en un objeto tan amplio y diverso. En nuestro caso, nos centraremos en las prácticas señaladas en el manual ESG de una gran empresa siderúrgica. Para llevar a cabo este trabajo, realizamos una revisión bibliográfica de autores que estudiaron los formatos y artifi­cios de gestión. Nuestra encuesta incluyó publicaciones nacionales e internacionales y, para su viabilidad operativa, consideramos parte de la literatura más crítica sobre este fenómeno. También analizamos in­formes y datos secundarios elaborados por instituciones públicas y privadas para comprender cualitati­vamente la aplicación y las repercusiones de la guía ESG, gestionada por la empresa Ternium Brasil y sus intereses.

Palabras claves: ESG; Gerencialismo; Ambientalización; Gerencialismo Ambiental; Financiarización; Ternium.

Downloads

Publicado

10-07-2025

Como Citar

RONIERE REBOUÇAS TAVARES, T. Gerencialismo Ambiental: Uma face da ambientalização corporativa analisada por meio de práticas ESG. AMBIENTES: Revista de Geografia e Ecologia Política, [S. l.], v. 7, n. 1, 2025. DOI: 10.48075/amb.v7i1.35597. Disponível em: https://saber.unioeste.br/index.php/ambientes/article/view/35597. Acesso em: 18 jul. 2025.

Edição

Seção

Artigos