Indicadores de qualidade de vida de homens idosos de Florianópolis: um estudo descritivo
DOI:
https://doi.org/10.36453/cefe.2001.v4.i8.p83Palavras-chave:
idosos, bem estar, qualidade de vida.Resumo
O estudo teve como objetivo avaliar componentes de Qualidade de Vida de um grupo de idosos que freqüentavam a Praça XV de Novembro, no centro de Florianópolis – SC. A amostra foi constituída por 52 idosos aposentados, que voluntariamente aceitaram participar do estudo. Utilizou-se, como instrumento de avaliação, a entrevista semi-estruturada, adaptada de Nahas (2001), a qual avalia componentes da qualidade de vida. Com os resultados obtidos nas entrevistas, verificou-se que a idade variou de 60 a 85 anos, 92,3% não fumavam, o tempo de aposentadoria variou entre de 01 a 42 anos, verificando-se que 42,3 % estavam entre 11 e 22 anos. A renda com a aposentadoria satisfazia as necessidades de 71,2% dos entrevistados, sendo que 59,6% eram casados. As expectativas em relação ao futuro eram de otimismo para 57,7% dos idosos. Dos entrevistados, 50% declararam que tinham algum tipo de doença. Dentre as doenças estavam as cardiovasculares (28,8%) seguidas do diabetes e dores na coluna (5,7%) e câncer (3,9%). Todos os id os que declararam apresentar doenças ingeriam remédios. Encontrar com os amigos era o principal motivo para freqüentar a Praça XV de Novembro de Florianópolis citado por 44,2% dos entrevistados. Nos componentes da qualidade de vida, 86,5% apresentaram respostas positivas para as questões relativas à satisfação com a vida e à felicidade, 76,9% responderam expressar seus sentimentos e 82,7% aceitam as pessoas como elas são. O conhecimento do corpo e as mensagens que ele lhe enviava foi citada por 82,7% e a prática de atividades físicas estavam presente na vida de 67,3% dos entrevistados. Os cuidados com a alimentação foram relatados por 46,2% dos idosos. Na realização de tarefas instrumentais, 92,3% declararam que eram independentes e 98,3% realizavam sozinhos os cuidados pessoais. A facilidade de comunicação com a família e com amigos fazia parte da vida de 84,6% e reservar tempo para os amigos foi relatado por 92,3% dos entrevistados. O envolvimento com a comunidade apareceu em 34,6%. Nos aspectos espirituai religiosos, 76,9% buscavam entender a razão da vida e mantinham uma crença religiosa, 82,7% acreditavam na existência de uma força divina e atribuíam a esta força, acontecimentos de sua vida. Dos entrevistados, 75% reservavam tempo para a oração e meditação. Conclui-se que os idosos participantes da pesquisa procuravam manter hábitos, atitudes, sentimentos e emoções positivas, o que pareceu ser um aspecto favorável interferindo positivamente na longevidade e qualidade de vida.
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