Prevalência de indivíduos com sintomas de dependência ao exercício no ambiente de academia de ginástica
DOI:
https://doi.org/10.36453/cefe.2008.v7.i13.p33Palavras-chave:
Saúde, Exercício Físico, PsicologiaResumo
O presente estudo teve como objetivo investigar a prevalência de pessoas com fatores que indicam sintomas de dependência do exercício em ambiente de academia. A pesquisa foi realizada em seis academias de Marechal Cândido Rondon, no Oeste do Paraná, totalizando uma amostra de 195 indivíduos, sendo 114 mulheres e 81 homens, com idade entre 13 e 60 anos que praticavam qualquer tipo de exercício físico no ambiente de academia. Ao grupo foi aplicado o Questionário de Dependência do Exercício que envolve oito fatores que podem apontar sintomas de dependência do exercício, podendo a dependência ser diagnosticada para um ou mais fatores. Os fatores são: (1) Interferência na vida social, familiar e trabalho; (2) Recompensa positiva; (3) Sintomas de abstinência ao exercício; (4) Exercício para controle do peso; (5) Introspecção sobre o problema; (6) Exercício por justificativa social; (7) Exercício por justificativa de saúde; (8) comportamento estereotipado. Com relação aos fatores citados anteriormente o sexo feminino foi predominante nos três fatores que apresentaram a maior prevalência de sintomas de dependência do exercício: justificativa de saúde 59% (100), recompensa positiva 59% (98) e comportamento estereotipado 58% (63). Esses resultados levantam a hipótese que as mulheres, para amostra analisada, parecem estarem mais suscetíveis a desenvolver dependência ao exercício. Atento a esses valores vale ressaltar a importância de profissionais de Educação Física qualificados nas academias de ginástica, tendo conhecimento e capacidades suficientes para uma intervenção de forma saudável e consciente.
Downloads
Referências
ASSUNÇÃO, S. S. M.; CORDÁS, T. A.; ARAÚJO, L. A. S. B. Atividade Física e Transtornos Alimentares. Revista de Psiquiatria Clínica, v. 29, n. 1, p. 4-13, 2002.
BALLONE, G. J.; MOURA, E. C. Transtorno Dismórfico Corporal e Muscular. PsiqWeb. Disponível em: http://www.psiqweb.med.br/. Acesso em: 27 abr. 2008.
BARROS, M. V. G.; SANTOS, S. G. Atividade Física como fator de qualidade de vida e saúde do trabalhador. Núcleo de Pesquisa em Atividade Física & Saúde – NuPAF (CDS/UFSC), 1997.
BOUCHARD, C. Introdução. In: BOUCHARD, C. Atividade física e obesidade. Barueri: Manole, 2003.
CHEIK, N. C.; REIS, I. T.; HEREDIA, R. A. G.; VENTURA, M. L.; TUFIK, S.; ANTUNES, H. K. M.; MELLO, M. T. Efeitos do exercício físico e da atividade física na depressão e ansiedade em indivíduos idosos. Revista Brasileira de Ciência do Movimento, v. 11, n. 3, p. 45-52, 2003.
DAL PAI, V. Esporte e lesão muscular. Revista Brasileira Neurológica, v. 3, n. 2, p. 45-48, 1994.
GRAVES, B. S.; WELSH, L. R. Recognizing the signs of body dysmorphic disorder and muscle dysmorphia. ACM’s Health & Fitness Journal, v. 8, n. 1, p. 11-13, jan./fev. 2004.
HARVEY, D. A condição pós-moderna. São Paulo: Loyola, 1992.
MELLO, M. T.; BOSCOLO, R. A.; ESTEVES, A. M.; TUFIK, S. O exercício físico e os aspectos psicobiológicos. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 11, n. 3, 2005.
MENDONÇA, J. M. Forte além da medida. Disponível em: . Acesso em: 10 jun. 2008.
OGDEN, J.; VEALE, D.; SUMMERS, Z. The development and validation of the exercise dependence questionnaire. Overseas Publishers Association, v. 5, n. 4, p. 343-356, 1997.
PALMA, A. Atividade Física, Processo Saúde-Doença e Condições Sócio-Econômicas: uma revisão da literatura. Revista Paulista de Educação Física, v. 14, n. 1, p. 97-106,, 2000.
PAOLI, M. P. Ginástica localizada. Disponível em: . Acesso em: 10 jun. 2008.
PITANGA, F. J. G. Epidemiologia, Atividade Física e Saúde. Revista Brasileira de Ciência do Movimento Humano, v. 10, n. 3, p. 49-45, jul. 2002.
SANTOS, T. A dependência do exercício: um estudo sobre a utilização de substâncias ergogênicas nutricionais em frequentadores de ginástica/health club. Seminário de Monografia em Educação Física e Desporto, Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologia, 2005.
TAHARA, A. K.; SCHWUARTZ, G. M.; SILVA, K. A. Aderência e manutenção da prática de exercícios físicos em academias. Revista Brasileira de Ciência do Movimento, v. 11, n. 4, p. 7-12, out./dez. 2003.
TEIXEIRA, J. A. C. Psicologia da saúde. Análise Psicológica, v. 3, n. 22, p. 441-448, 2004.
TORRES, A. R.; FERRÃO, Y. A.; MIGUEL, F. C. Transtorno dismórfico corporal: uma expressão alternativa do transtorno obsessivo-compulsivo? Revista Brasileira de Psiquiatria, v. 27, n. 2, p. 95-95, 2005.
VEALE, D. M. W. Exercise dependence. British Journal Addictict, v. 82, p. 735-740, 1987.
WERNECK, F. Z.; FILHO, M. G.; RIBEIRO, L. C. S. Efeitos do exercício físico sobre os estados de humor: uma revisão. Revista Brasileira de Psicologia do Esporte e do Exercício, v. 0, p. 22-54, 2006.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2008 Direitos Autorais Partilhados

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Os direitos autorais permitem descarregar, compartilhar, copiar, distribuir, adaptar, transformar, exibir, reproduzir a totalidade ou partes do artigo para qualquer propósito legal, desde que não tenha fins lucrativos e seja citada a fonte.
Informamos que todo o conteúdo do texto publicado, e dos seus possíveis erros ortográficos e gramaticais, é de inteira responsabilidade de seus autores, não cabendo ao Caderno de Educação Física e Esporte, ou aos nossos Avaliadores Ad Hoc, por qualquer implicação legal ou por eventual negligência à língua portuguesa ou à estrangeira.