Práticas corporais de aventura na educação física espanhola: um estudo com foco na metodologia e na avaliação
DOI:
https://doi.org/10.36453/2318-5104.2020.v18.n3.p125Palavras-chave:
Educação física escolar, Atividades de aventura, Metodologias de ensino da educação física, Avaliação na educação física.Resumo
NTRODUÇÃO: Desde os anos 1990 a Educação Física espanhola registra o ensino das práticas corporais de aventura (PCAs) na escola, ainda que, por lá, tenham sido denominadas inicialmente como Atividades Físicas de Aventura na Natureza e, após 20 anos de debate, passaram a ser definidas como Atividades Físicas no Meio Natural.
OBJETIVO: Este texto apresenta as metodologias e os processos avaliativos mais utilizados em aulas de Educação Física em seus níveis de primária e secundária em um extrato do contexto espanhol, quando o conteúdo são as Práticas Corporais de Aventura.
MÉTODOS: Para tanto, triangulou dados de artigos encontrados em uma base dados especializada – a Outdoorpeactivies, e de registros de campo realizados in loco, durante acompanhamento de aulas.
RESULTADOS: As análises apontam que as metodologias mais frequentes são: ‘3 dimensões do conteúdo’ (conceitual, procedimental e atitudinal) e ‘tecnicista’. Enquanto a avaliação mais frequente se dá pela participação do aluno na atividade e ainda por fichas de observação.
CONCLUSÃO: Sobre metodologia de ensino da EF, os textos se alternam, predominantemente, entre propostas tecnicistas e as baseadas nas 3 dimensões do conteúdo. Alguns casos, de relatos de experiências, indicam o uso de materiais adaptados e/ou a aquisição de gestos técnicos de uma PCA como ferramenta para a apropriação de gestos técnicos de outra; Já nas avaliações, os dados obtidos indicam uma subvalorização desta etapa do processo de ensino-aprendizagem, sendo a ‘participação’ um critério bastante utilizado e valorizado.
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