Satisfação no trabalho de treinadores de tênis
DOI:
https://doi.org/10.36453/2318-5104.2020.v18.n2.p25Palavras-chave:
Satisfação no Trabalho, Treinadores, Tênis.Resumo
INTRODUÇÃO: Diversos fatores podem interferir na avaliação da satisfação no trabalho, sendo que para treinadores esportivos a sobrecarga de trabalho gerada pelas cobranças de resultados esportivos pode interferir negativamente na avaliação sobre o mesmo. No caso dos treinadores de tênis, observa-se que problemas associados às características da função laboral podem interferir na percepção da satisfação no trabalho.
OBJETIVO: Identificar os diferentes perfis de treinadores de tênis considerando o constructo da satisfação no trabalho.
MÉTODOS: A amostra foi composta por 81 treinadores de Tênis. Para a coleta de dados foi empregada uma ficha especificamente elaborada para coletar as informações sociodemográficas e a Escala de Avaliação da Qualidade de Vida no Trabalho, a qual avalia a satisfação no trabalho. Para a análise de dados foram utilizados os testes estatísticos de Análise de Clusters, Kruskal-Wallis, Friedman, Comparação Múltipla de Dunn e Qui-quadrado. Destaca-se que todas as análises utilizaram o nível de significância de 95% (p<0,05).
RESULTADOS: A análise de Clusters identificou a presença de três grupos. Os treinadores do Grupo A, composto pelo maior percentual de treinadores com idade mais avançada, se mostraram mais satisfeitos com os aspectos do trabalho, possuíam menor carga horária de dedicação ao labor e apresentaram melhor percepção sobre a renda. Os treinadores do Grupo B possuíam índices intermediários de satisfação no trabalho, sendo o grupo de profissionais com maior carga horária de atuação semanal. O Grupo C, com maior percentual de treinadores que atuavam entre 21 e 40 horas semanais, apresentou os menores índices de satisfação no trabalho, demonstrando maior contingente de profissionais jovens e insatisfeitos com a remuneração.
CONCLUSÃO: Conclui-se que o momento da vida pessoal, a carga horária dedicada às atividades laborais e a percepção sobre a remuneração ser suficiente para atender as necessidades interferem na percepção da satisfação no trabalho.
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