Taxa de incontinência urinária em mulheres praticantes de CrossFit, comparada com mulheres praticantes de outras modalidades esportivas e mulheres sedentárias

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36453/cefe.2022.26984

Palavras-chave:

Incontinência Urinária, Mulheres, Exercício Físico.

Resumo

OBJETIVO: Comparar a taxa de incontinência urinária em mulheres praticantes de CrossFit, mulheres praticantes de outras modalidades esportivas e mulheres sedentárias.
MÉTODOS: Foram entrevistados 232 indivíduos para este estudo observacional transversal, sendo 72 mulheres praticantes de CrossFit®, 78 mulheres praticantes de outras modalidades esportivas, 82 mulheres sedentárias. Foram aplicados questionários online, incluindo perguntas como: idade, estatura e massa corporal (utilizados para cálculo do índice de massa corporal), filhos e quantidade, tipo de parto, realização de cirurgia pélvica prévia, prática de atividade física, a modalidade praticada, e ocorrência de perda de urina frequente nos últimos meses. ANOVA foi utilizada para investigar uma possível diferença entre as taxas de incontinência urinária entre os grupos.
RESULTADOS: A idade média das participantes foi de 29 anos (DP 10), com índice de massa corporal médio de 24,8 (DP 5,6), sendo que 75 (32%) das mulheres tiveram, pelo menos, um filho, sendo a maioria (60%) de parto normal em pelo menos uma gestação. Taxa de incontinência urinária encontrada na amostra total foi de 15%. Quando realizada comparação da taxa entre os grupos, não foram observadas diferenças estatisticamente significativas (p>0,05), indicando que todos apresentaram taxas de incontinência urinária similares.
CONCLUSÃO: A ausência de diferença significativa nas taxas de incontinência urinária entre os grupos de mulheres praticantes de CrossFit®, praticantes de outras modalidades esportivas, e mulheres sedentárias evidenciam que, aparentemente, independente da prática ou não de modalidades esportivas, tal aspecto parece não favorecer o surgimento da incontinência urinária em mulheres saudáveis.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALMEIDA, M. B. A.; BARRA, A. A.; FIGUEIREDO, E. M.; VELLOSO, F. S. B.; SILVA, A. L.; MONTEIRO, M. V. C.; RODRIGUES, A. M. Disfunções de assoalho pélvico em atletas. Femina, São Paulo, v. 39, n. 8, p. 395-402, 2011. Disponível em: <http://files.bvs.br/upload/S/0100-7254/2011/v39n8/a2695.pdf>.

AMARO, J. L.; MACHARELLI, C. A.; YAMAMOTO, H.; KAWANO, P. R.; PADOVANI, C. R.; AGOSTINHO, A. D. Prevalence and risk factors for urinary and fecal incontinence in Brazilian women. International Brazilian Journal of Urology, Rio de Janeiro, v. 35, n. 5, p. 592-8, 2009. DOI: <http://doi.org/10.1590/S1677-55382009000500011>.

ARAÚJO, M. P.; OLIVEIRA, E.; ZUCCHI, E. V. M.; TREVISANI, V. F. M.; GIRÃO, M. J. B. C.; SARTORI, M. G. F. Relação entre incontinência urinária em mulheres atletas corredoras de longa distância e distúrbio alimentar. Revista da Associação Médica Brasileira, São Paulo, v. 54, n. 2, p. 146-9, 2008. DOI: <http://doi.org/10.1590/S0104-42302008000200018>.

ARAÚJO, M. P.; PARMIGIANO, T. R.; NEGRA, L. G. D.; TORELI, L.; CARVALHO, C. G.; WO, L.; ... ; SARTORI, M. G. F. Avaliação do assoalho pélvico de atletas: Existe relação com incontinência urinária? Revista Brasileira de Medicina do Esporte, São Paulo, v. 21, n. 6, p. 442-6, 2015. DOI: <http://doi.org/10.1590/1517-869220152106140065>.

ARAÚJO, M. P.; BRITO, L. G. O.; ROSSI, F.; GARBIERE, M. L.; VILELA, M. E.; BITTENCOURT, V. F.; CROSS CONTINENCE BRAZIL COLLABORATION GROUP. Prevalence of female urinary incontinence in CrossFit practitioners and associated factors: An internet population-based survey. Female Pelvic Medicine & Reconstructive Surgery, Philadelphia, v. 26, n. 2, p. 97-100, 2020. DOI: <http://doi.org/10.1097/SPV.0000000000000823>.

BOGÉA, M.; GOMES, P. G.; DINUCCI, A.; DUTRA, F.; ZAIDAN, P. Incontinência urinária de esforço em mulheres praticantes de CrossFit®: um estudo transversal de prevalência. International Journal of Development Research, São Paulo, v. 8, n. 7, p. 21642-25, 2018. Disponível em: <http://patriciazaidan.com.br/wp-content/uploads/2018/12/Incontinência-urinária-de-esforço-em-mulheres-praticantes-de-Crossfit®-um-estudo-transversal-de-prevalência.pdf>.

CAETANO, A. S.; TAVARES, M. C. G. C. F.; LOPES, M. H. B. M. Incontinência urinária e a prática de atividades físicas. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, Niterói, v. 13, n. 4, p. 270-4, 2007. DOI: <http://doi.org/10.1590/s1517-86922007000400012>.

DOMINSKI, F. H.; SIQUEIRA, T. C.; SERAFIM, T. T.; ANDRADE, A. Perfil de lesões em praticantes de CrossFit: revisão sistemática. Fisioterapia e Pesquisa, São Paulo, v. 25, n. 2, p. 229-39, 2018. DOI: <http://doi.org/10.1590/1809-2950/17014825022018>.

ELKS, W.; JARAMILLO-HUFF, A.; BARNES, K. L.; PETERSEN, T. R.; KOMESU, Y. M. The stress urinary incontinence in CrossFit (SUCCeSS) study. Female Pelvic Medicine & Reconstructive Surgery, Philadelphia, v. 26, n. 2, p.101-6, 2020. DOI: <http://doi.org/10.1097/spv.0000000000000815>.

FERREIRA, M.; SANTOS, P. C. Impacto dos programas de treino na qualidade de vida da mulher com incontinência urinária de esforço. Revista Portuguesa de Saúde Pública, Lisboa, v. 30, n. 1, p. 3-10, 2012. DOI: <http://doi.org/10.1016/j.rpsp.2011.12.001>.

FITZ, F.F.; COSTA, T. F.; YAMAMOTO, D. M.; RESENDE, A. P. M.; STUPP, L.; SARTORI, M. G. F.; ... ; CASTRO, R. A. Impacto do treinamento dos músculos do assoalho pélvico na qualidade de vida em mulheres com incontinência urinária. Revista da Associação Médica Brasileira, São Paulo, v. 58, n. 2, p. 155-9, 2012. DOI: <http://doi.org/10.1590/s0104-42302012000200010>.

GOFORTH, J.; LANGAKER, M. Urinary incontinence in women. North Carolina Medical Journal, Morrisville v. 77, n. 6, p. 423-5, 2016. DOI: <http://doi.org/10.18043/ncm.77.6.423>.

HIGA, R.; LOPES, M. H. B. M.; REIS, M. J. Fatores de risco para incontinência urinária na mulher. Revista de Escola de Enfermagem da USP, São Paulo, v. 42, n. 1, p. 187-92, 2008. DOI: <http://doi.org/10.1590/S0080-62342008000100025>.

LOPES, M. H. B. M.; HIGA, R. Restrições causadas pela incontinência urinária à vida da mulher. Revista de Escola de Enfermagem da USP, São Paulo, v. 40, n. 1, p. 34-41, 2006. DOI: <http://doi.org/10.1590/S0080-62342006000100005>.

MEYER, J.; MORRISON, J.; ZURINGA, J. The benefits and risks of CrossFit: A systematic review. Workplace Health & Safety, Chicago, v. 65, n. 12 p. 612-8, 2017. DOI: <http://doi.org/10.1177/2165079916685568>.

MORELLI, F. C. G.; JARDIM, J. F.; SECCHI, L. L. B.; FITZ, F. F.; GLÓRIA, I. P. S. Característica do ciclo menstrual e prevalência de incontinência urinária em mulheres praticantes de CrossFit. Revista Científica UMC, São Paulo, v. 4, n. 3, p. 1-5, 2019. Disponível em: <http://seer.umc.br/index.php/revistaumc/article/viewFile/890/671>.

OLIVEIRA, S. M. J. V.; CAROCI, A. S.; MENDES, E. P. B.; OLIVEIRA, S. G.; SILVA, F. P. Disfunciones del suelo pélvico en mujeres primíparas después del parto. Enfermería Global, Murcia, v. 17, n. 51, p. 26-67, 2018. DOI: <http://doi.org/10.6018/eglobal.17.3.292821>.

PATRIZZI, L. J.; VIANA, D. A.; SILVA, L. M. A.; PEGORARI, M. S. Incontinência urinária em mulheres jovens praticantes de exercício físico. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, Brasília, v. 22, n. 3, p. 105-10, 2014. DOI: <http://doi.org/10.18511/0103-1716/rbcm.v22n3p105-110>.

PORTNEY, L. G.; WATKINS M. P. Foundations of clinical research - applications to practice. 3. ed. Upper Saddle River: Pearson Prentice Hall, 2009.

TAMANINI, J. T. N.; LEBRÃO, M. L.; DUARTE, Y. A. O.; SANTOS, J. L. F., LAURENTI, R. Analysis of the prevalence of and factors associated with urinary incontinence among elderly people in the Municipality of São Paulo, Brazil: SABE Study (Health, Wellbeing and Aging). Cadernos Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 25, n. 8, p. 1756-62, 2009. DOI: <http://doi.org/10.1590/S0102-311X2009000800011>.

WEISENTHAL, B. M.; BECK, C. A.; MALONEY, M. D.; DEHAVEN, K. E.; GIORDANO, B. D. Injury rate and patterns among CrossFit athletes. Orthopaedic Journal of Sports Medicine, New York, v. 2, n. 4, p. 1-7, 2014, DOI: <http://doi.org/10.1177/2325967114531177>.

YANG, J.; CHENG, J. W.; WAGNER, H.; LOHMAN, E.; YANG, S. H.; KRISHINGNER, G. A.; … ; STAACK, A. The effect of high impact CrossFit exercises on stress urinary incontinence in physically active women. Neurology and Urodynamics, Nashville, v. 38, n. 2, p. 749-56, 2019. DOI: <http://doi.org/10.1002/nau.23912>.

Downloads

Publicado

25.07.2022

Como Citar

ALVEZ, L. C.; ANDRADE, A. M.; AVELINO, P. R.; MENEZES, K. K. P. de. Taxa de incontinência urinária em mulheres praticantes de CrossFit, comparada com mulheres praticantes de outras modalidades esportivas e mulheres sedentárias. Caderno de Educação Física e Esporte, Marechal Cândido Rondon, v. 20, p. e–26984, 2022. DOI: 10.36453/cefe.2022.26984. Disponível em: https://saber.unioeste.br/index.php/cadernoedfisica/article/view/26984. Acesso em: 18 abr. 2024.