Prescrição de exercícios físicos para populações especiais: experiências em disciplina de tópicos especiais online para pós-graduação stricto sensu

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36453/cefe.2022.28193

Palavras-chave:

Exercício físico, Terapia por Exercício, Educação de Pós-Graduação

Resumo

OBJETIVO: Contextualizar e relatar experiências com a disciplina “Prescrição de exercícios físicos para populações especiais”, ministrada online para alunos de um programa de pós-graduação stricto sensu.
MÉTODOS: A disciplina de 60h contou com 18 profissionais de Educação Física (EF) e um de Fisioterapia. Foram realizados 6 módulos ao vivo com duração de 4 horas (imersão) com o restante do tempo distribuído em atividades de dispersão (i.e., buscas, leituras, relatórios). Durante o processo de ensino-aprendizagem foi solicitada a leitura de aproximadamente 10 artigos, a realização de dois trabalhos e um produto final que deveria ser divulgado através de uma ação de knowledge translation (redes sociais, Unidades Básicas de Saúde - UBS, academias). O programa da disciplina foi ancorado nos subtópicos: 1) contextualização de populações especiais e a atuação do profissional de EF; 2) formação para atuação com populações especiais; 3) atividade física baseada em evidências; 4) exercício é remédio; 5) componentes para prescrição de exercícios e; 6) conexão ciência e prática por meio do knowledge translation/implementation science.
RESULTADOS: A contextualização de populações especiais, a atuação e a formação do profissional de EF no âmbito da prescrição de exercícios para populações especiais com foco em uma ação de knowledge translation permitiram a elaboração e divulgação de recomendações de exercícios físicos em redes sociais, academias e UBS. Este processo propiciou aos alunos aprendizagem ativa e experimentação de como os resultados de uma disciplina de pós-graduação podem imediatamente ser convertidos em informação para a sociedade, seja para população geral ou para formação acadêmica para atuação com populações especiais.
CONCLUSÃO: Espera-se que esse relato propicie a discussão continuada sobre a atuação do profissional de EF no campo da prescrição de exercícios físicos para populações especiais e maior aproximação de ciência na prática profissional.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Marcos Roberto Queiroga, Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), Guarapuava, Brasil

Possui graduação em Educação Física pela Universidade Estadual de Londrina (1990), Especialista em Fisiologia do Exercício (FAFICLA-1993) e Avaliação da Performance Motora (UEL-1994), Mestre em Engenharia de Produção, área de concentração Ergonomia, pela Universidade Federal de Santa Catarina (1999) e Doutor em Biodinâmica da Motricidade Humana pela Universidade Estadual Paulista (UNESP) campus de Rio Claro-SP (2010). Docente do Programa de Pós-Graduação Associado UEL/UEM nas linhas de pesquisa atividade física relacionada à saúde e ajustes e respostas fisiológicas e metabólicas ao exercício físico. É professor Associado do Departamento de Educação Física da Universidade Estadual do Centro-Oeste-PR (UNICENTRO/Guarapuava-PR) (2002) na qual ministra as disciplinas de Cineantropometria e Estágio em Saúde. Integrante da Comissão de Residência Multiprofissional (COREMU), docente e tutor do Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Primária com ênfase em Saúde da Família (PRMSF) e membro do Comitê Assessor de Iniciação Científica (CAIC) da UNICENTRO. Tem experiência na área de Educação Física com ênfase em Basquetebol, atividade física e saúde, Medidas e Avaliação, Fisiologia do Exercício, Atividade Física na Atenção Primária e Prescrição de Exercícios para Populações.

Sandra Aires Ferreira, Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), Guarapuava, Brasil

Sandra Aires Ferreira

sandraaires678@gmail.com

https://orcid.org/0000-0003-4491-2485 

http://lattes.cnpq.br/0174243620485879

Edgar Ramos Vieira, Florida International University (FIU), Florida, United States

Danilo Fernandes da Silva, University of Ottawa ( uOttawa), Ottawa, Canada

Danilo Fernandes da Silva

dfsdanilofs@gmail.com

https://orcid.org/0000-0002-4170-1079

http://lattes.cnpq.br/4211703921828570

University of Ottawa, School of Human Kinetics, Faculty of Health Sciences, ON, Canada

Referências

ACSM. American College of Sports Medicine. Diretrizes do ACSM para os testes de esforço e sua prescrição. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018b.

ACSM. American College of Sports Medicine. What is Exercise is Medicine®. 2018a. Disponível em: <https://www.exerciseismedicine.org/support_page.php/about-eim5/>. Acessado em: 10 de junho de 2021.

BARROSO, W. K. S.; RODRIGUES, C. I. S.; BORTOLOTTO, L. A.; GOMES, M. A. M.; BRANDÃO, A. A.; FEITOSA, A. D. M.; MACHADO, C. A.; ... ; NADRUZ, W. Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, São Paulo, v. 116, n. 3, p. 516-658, 2021. DOI: <https://doi.org/10.36660/abc.20201238>.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº. 154, de 24 de janeiro de 2008. Cria os Núcleos de Apoio a Saúde da Família - NASF. Brasília, Governo Federal: Ministério da Saúde, 2008. Disponível em: <https://www.galaxcms.com.br/up_crud_comum/4107/portaria2008portarian154-20210413151119.pdf>. Acessado em: 10 de junho de 2021.

BURD, C.; GRUSS, S.; ALBRIGHT, A.; ZINA, A.; SCHUMACHER, P.; ALLEY, D. Translating knowledge into action to prevent type 2 diabetes: medicare expansion of the national diabetes prevention program lifestyle intervention. The Milbank Quarterly, New York, v. 98, n. 1, p. 172-96, 2020. DOI: <https://doi.org/10.1111/1468-0009.12443>.

CONFEF. Conselho Federal de Educação Física. Resolução CONFEF n°. 229/2012. Rio de Janeiro, 2012. Disponível em: <https://www.confef.org.br/confef/resolucoes/301>. Acessado em: 10 de junho de 2021.

ELDER, C. L.; PUJOL, T. J.; BARNES, J. T. An analysis of undergraduate exercise science programs: an exercise science curriculum survey. Journal of Strength and Conditioning Research, Champaign, v. 17, n. 3, p. 536-40, 2003. DOI: <https://doi.org/10.1519/1533-4287(2003)017>.

FALCI, D. M.; BELISARIO, S. A. A inserção do profissional de educação física na atenção primária à saúde e os desafios em sua formação. Interface, Botucatu, v. 17, n. 47, p. 885-99, 2013. DOI: <https://doi.org/10.1590/S1414-32832013005000027>.

GARBER, C. E.; BLISSMER, B.; DESCHENES, M. R.; FRANKLIN, B. A.; LAMONTE, M. J.; LEE, I. M.; NIEMAN, D. C.; SWAIN, D. P. American College of Sports Medicine. The quantity and quality of exercise for developing and maintaining cardiorespiratory, musculoskeletal, and neuromotor fitness in apparently healthy adults: guidance for prescribing exercise. Medicine and Science in Sports and Exercise, Madison, v. 43, n. 7, p. 1334–59, 2011. DOI: <https://doi.org/10.1249/MSS.0b013e318213fefb>.

GAUER, R. L.; O’CONNOR, F. G. How to write an Exercise Prescription. Bethesda: Department of Family Medicine Uniformed Services University; 2009. Disponível em: <https://www.move.va.gov/Move/docs/Resources/CHPPM_How_To_Write_And_Exercise_Prescription.pdf>. Acessado em: 10 de junho de 2021.

HELMS, P. J. ‘Real world’ pragmatic clinical trials: what are they and what do they tell us? Pediatric Allergy and Immunology, Copenhagen, v. 13, n. 1, p. 4-9, 2002. DOI: <https://doi.org/10.1034/j.1399-3038.2002.00194.x>.

HOFFMANN, T. C.; ERUETI, C.; GLASZIOU, P.P. Poor description of nonpharmacological interventions: analysis of consecutive sample of randomised trials. British Medical Journal, London, v. 347, n. f3755, 2013. DOI: <https://doi.org/10.1136/bmj.f3755>.

ILG, W.; SYNOFZIK, M.; BRÖTZ, D.; BURKARD.; S.; GIESE, M. A.; SCHÖLS, L. Intensive coordinative training improves motor performance in degenerative cerebellar disease. Neurology, Hagerstown, v. 73, n. 22, p. 1823-30, 2009. DOI: <https://doi.org/10.1212/WNL.0b013e3181c33adf>.

LOBELO, F.; STOUTENBERG, M.; HUTBER, A. The Exercise is medicine global health initiative: a 2014 update. British Journal of Sports Medicine, London, v. 48, n. 22, p. 1627-33, 2014. DOI: <https://doi.org/10.1136/bjsports-2013-093080>.

LUAN, X.; TIAN, X.; ZHANG, H.; HUANG, R.; LI, N.; CHEN, P.; WANG, R. Exercise as a prescription for patients with various diseases. Journal of Sport and Health Science, Shanghai, v. 8, n. 5, p. 422-441, 2019. DOI: <https://doi.org/10.1016/j.jshs.2019.04.002>.

NGANGUE, P. A.; FORGUES, C.; NGUYEN, T.; SASSEVILLE, M.; GALLAGHER, F.; LOIGNON, C.; STEWART, M.; BELLE BROWN, J.; CHOUINARD, M.C.; FORTIN, M. Patients, caregivers and health-care professionals’ experience with an interdisciplinary intervention for people with multimorbidity in primary care: A qualitative study. Health Expectations, London, v. 23, n. 2, p. 318-27, 2020. DOI: <https://doi.org/10.1111/hex.13035>.

PATRICK, K.; KEBBE, M.; AUBIN, D. A home for patient-oriented research. Canadian Medical Association Journal, Ottawa, v. 190, n. 20, p. E607, 2018. DOI: <https://doi.org/10.1503/cmaj.180587>.

PEDERSEN, B. K.; SALTIN, B. Exercise as medicine - evidence for prescribing exercise as therapy in 26 different chronic diseases. Scandinavian Journal of Medicine and Science in Sports, Copenhagen, v. 25, Suppl. 3, p. 1-72, 2015. DOI: <https://doi.org/10.1111/sms.12581>.

PROCHASKA, J. O.; DICLEMENTE, C. Stages and process of self-change of smoking: Toward an Integrative model of change. Journal of Consulting and Clinical Psychology, Washington, v. 51, n. 3, p. 390-396, 1983. DOI: <https://doi.org/10.1037//0022-006x.51.3.390>.

QUEIROGA, M. R.; FERREIRA, S. A; VAZ, E. S.; SOUZA, S. C. S.; OLIVEIRA, L. E. C.; STAVINSKI, N. G. L.; FERNANDES, D. Z.; WEBER, V. R. M.; SILVA, D. F. Clínica e Academia Escola de Educação Física: prescrição de exercícios físicos baseados em evidências científicas. Extensio, Florianópolis, v. 16, n. 33, p. 111-22, 2019. DOI: <https://doi.org/10.5007/1807-0221.2019v16n33p111>.

SALLIS, R.; FRANKLIN, B.; JOY, L.; ROSS, R.; SABGIR, D.; STONE, J. Strategies for promoting physical activity in clinical practice. Progress in Cardiovascular Diseases, Philadelphia, v. 57, n. 4, p. 375-86, 2015. DOI: <https://doi.org/10.1016/j.pcad.2014.10.003>.

SANTOS, C. M. C.; PIMENTA, C. A. M.; NOBRE, M. R. C. A estratégia pico para a construção da pergunta de pesquisa e busca de evidências. Revista Latino-Americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 15, n. 3, p. 508-11, 2007. DOI: <https://doi.org/10.1590/S0104-11692007000300023>.

SOX, H. C.; LEWIS, R. J. Pragmatic Trials: Practical Answers to “Real World” Questions. Journal of the American Medical Association, Chicago, v. 316, n. 11, p. 1205-1206, 2016. DOI: <https://doi.org/10.1001/jama.2016.11409>.

STEWART, M.; FORTIN, M. Patient-centred innovations for persons with multimorbidity team*. patient-centred innovations for persons with multimorbidity: funded evaluation protocol. Canadian Medical Association Journal, Otawa, v. 5, n. 2, p. E365-E372, 2017. DOI: <https://doi.org/10.9778/cmajo.20160097>.

STRAUS, S. E.; TETROE, J.; GRAHAM, I. Defining knowledge translation. Canadian Medical Association journal, Ottawa, v. 181, n. 3-4, p. 165-8, 2009. DOI: <https://doi.org/10.1503/cmaj.081229>.

VIEIRA, A. C, G.; GASTALDO, D.; HARRISON, D. How to translate scientific knowledge into practice? Concepts, models and application. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, v. 73, n. 5, p. e20190179, 2020. DOI: <https://doi.org/10.1590/0034-7167-2019-0179>.

WASFY, M. M.; BAGGISH, A. L. Exercise dose in clinical practice. Circulation, Hagerstown, v. 133, n. 23, p. 2297-313, 2016. DOI: <https://doi.org/10.1161/CIRCULATIONAHA.116.018093>.

WENSING, M., GROL, R. Knowledge translation in health: how implementation science could contribute more. BMC Medical, London, v. 17, n. 88, p. 1-6, 2019. DOI: <https://doi.org/10.1186/s12916-019-1322-9>.

WOOLF, S. H. The meaning of translational research and why it matters. Journal of the American Medical Association, Chicago, v. 299, n. 2, p. 211-3, 2008. DOI: <https://doi.org/10.1001/jama.2007.26>.

ZEPEDA, K. G. M.; DA SILVA, M. M.; SILVA, I. R.; REDKO, C.; GIMBEL, S. Fundamentals of implementation science: An intensive course on an emerging field of research. Escola Anna Nery, Rio de Janeiro, v. 22, n. 2, p. e20170323, 2018. DOI: <https://doi.org/10.1590/2177-9465-EAN-2017-0323>.

Downloads

Publicado

29.03.2022

Como Citar

QUEIROGA, M. R.; FERREIRA, S. A. .; VIEIRA, E. R. .; DA SILVA, D. F. . Prescrição de exercícios físicos para populações especiais: experiências em disciplina de tópicos especiais online para pós-graduação stricto sensu. Caderno de Educação Física e Esporte, Marechal Cândido Rondon, v. 20, p. e–28193, 2022. DOI: 10.36453/cefe.2022.28193. Disponível em: https://saber.unioeste.br/index.php/cadernoedfisica/article/view/28193. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Relato de Experiência