“Faz uma série pra mim?” Etnografando a prescrição de exercícios na musculação
DOI:
https://doi.org/10.36453/cefe.2024.32883Palavras-chave:
Educação física e treinamento, Academias de ginástica, PrescriçõesResumo
INTRODUÇÃO: A prescrição de exercícios caracteriza-se por uma das diversas responsabilidades de quem atua na musculação e, a depender do contexto socioeconômico e cultural, mudam os sentidos e significados atribuídos à intervenção do profissional de Educação Física.
OBJETIVO: Assim, o recorte desse estudo teve como objetivo analisar aspectos socioculturais que interferem na prescrição de exercícios por parte de profissionais de Educação Física em academias de ginástica.
MÉTODOS: Fundamentado no referencial teórico-metodológico do Interacionismo Simbólico, foi desenvolvido um estudo etnográfico especificamente no setor da musculação em dois estabelecimentos cariocas durante um ano. A observação participante ocorreu em uma academia no bairro popular da Cidade de Deus e outra no bairro nobre da Barra da Tijuca. O celular do próprio pesquisador serviu como diário de campo.
RESULTADOS: Os resultados indicaram que a descredibilidade do professor de Educação Física tensionada por uma espécie de know-how corporal de alguns alunos interferia (in)diretamente na prescrição de exercícios por parte desses profissionais. Logo, detectou-se que as negociações de saberes e as experiências corporais dialogadas entre profissionais e frequentadores eram entremeadas aos parâmetros técnico-científicos que norteiam a prescrição nesses espaços sociais.
CONCLUSÃO: À guisa de fechamento, destaca-se que a interação face a face entre profissionais de saúde e usuários é mediada social e culturalmente e modula a aplicação dos conhecimentos atrelados ao universo da racionalidade biomédica tão presente no campo da saúde.
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