Conservadorismo contábil e os efeitos da pandemia nos indicadores de desempenho no setor de TI
DOI:
https://doi.org/10.48075/csar.v25i45.31612Palavras-chave:
Contabilidade, COVID-19, Conservadorismo contábil, Desempenho empresarial, Análise financeira, Contabilidade e Finanças, Market-to-book, Indicadores de rentabilidade, Indicadores de desempenho, Análise das demonstrações contábeis, Demonstrações Contábeis, Ciências Contábeis, B3Resumo
A partir da importância do setor de tecnologia da informação para a evolução tecnológica e a adaptação das empresas durante a pandemia, esse estudo tem por objetivo analisar o impacto da pandemia no índice market-to-book e nos indicadores contábeis tradicionais de desempenho, representados pela margem líquida, retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) e o retorno sobre os ativos (ROA), nas empresas de tecnologia da informação no Brasil. A pesquisa se classifica como quantitativa quanto a abordagem, descritiva quanto aos objetivos e documental quanto aos procedimentos metodológicos. A amostra é composta por quatro empresas do setor de tecnologia da informação no Brasil, com papéis negociados na Bolsa de Valores (B3). Os dados dos indicadores margem líquida, ROE e ROA foram obtidos por meio da análise das demonstrações contábeis das empresas da amostra, no período de 2018 a 2021, enquanto o índice market-to-book foi obtido através de cálculos, observando a quantidade de ações, o patrimônio líquido e o valor unitário das ações, encontrados na B3 e no histórico de cotações do Status Invest (2023). A análise dos dados foi feita com a utilização do teste de Mann-Whitney para comparação de duas amostras estudadas, sendo a primeira formada pelos indicadores obtidos nos anos de 2018 e 2019 (pré-pandemia), e a segunda pelos indicadores obtidos nos anos de 2020 e 2021 (pandemia). Os programas estatísticos Statistical Package for Social Science for Windows (SPSS) e JAMOVI foram usados para testar as hipóteses. Os resultados indicam que houve variação significativa no indicador de margem líquida, enquanto os índices market-to-book, ROA e ROE não foi possível identificar grandes variações. Conclui-se, portanto, que o conservadorismo contábil não provocou alterações significativas nos indicadores de desempenho em relação aos períodos analisados.
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