A estética em Baumgarten e Kant:
contrastes
DOI:
https://doi.org/10.48075/rd.v8i2.29960Palavras-chave:
Baumgarten, Kant, Estética, SensibilidadeResumo
O objetivo do presente artigo é explorar de que modo a Estética, disciplina
fundada em seus devidos componentes conceituais no século XVIII por Alexander
Baumgarten, influenciou o pensamento de Immanuel Kant, conduzindo-o a produzir sua
própria perspectiva sobre a Estética. Ao definir a Estética como a ciência do belo,
Baumgarten fundou o estudo da sensibilidade, faculdade a qual, na época, havia sido
negado um estudo mais sério, o das representações sensíveis. Trata-se da sensibilidade
como fonte do sentimento da beleza, que anima o espírito ao contemplar uma obra de arte.
Essa empreitada influenciou os pensadores posteriores que, diferentemente dos autores
antigos e medievais que haviam escrito já sobre esses assuntos desde um viés distinto,
passaram a ver na sensibilidade e na Estética uma outra fonte, fonte única, de
conhecimento. Kant foi influenciado grandemente pelos pensadores racionalistas que o
antecederam. Baumgarten era um deles, já que entendia a sensibilidade como uma
faculdade possível de ser fonte de conhecimento e de ser adotada para operações
semelhantes à da razão. Na obra kantiana há a referência explícita à faculdade da
sensibilidade em duas de suas críticas: na da Razão Pura e na da Faculdade do Juízo. Em
cada uma dessas obras a sensibilidade participa de um modo próprio. Se na primeira crítica
operam as intuições, às quais se vinculam os conceitos do entendimento para determinar o
conhecimento, na terceira crítica a sensibilidade fornece a matéria da representação
exclusivamente voltada para produzir o sentimento estético. Desse modo, traça-se aqui o
percurso, de modo abreviado, de uma perspectiva à outra, evidenciando as diferenças e
semelhanças mais gerais entre as doutrinas dos dois autores.
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