DA UNIVERSIDADE À ESCOLA: GESTÃO E ATITUDES LINGUÍSTICAS EM ATIVIDADES DE MEDIAÇÃO DE LEITURA NO PARAGUAI
DOI:
https://doi.org/10.48075/ri.v22i2.25349Resumo
A formação de estudantes universitários não se dá exclusivamente na sala de aula, mas no diálogo com as diversas ações de extensão e projetos de pesquisa dos quais participam; sendo assim, participar de uma atividade em campo oferece desafios e reflexões cotidianas. Partindo desse norteamento, neste artigo pretende-se refletir sobre as atitudes linguísticas (MORENO FERNÁNDEZ, 1998; GROSJEAN, 2011; CALVET, 2002) dos discentes universitários no encontro com crianças de uma escola em Ciudad del Este, Paraguai, por meio da realização de um projeto sobre mediação de leitura, promovido na Tríplice Fronteira. Para tanto, a análise dos dados trará direcionamentos sobre as políticas linguísticas oficiais e as praticadas (SPOLSKY, 2005, 2016; RAJAGOPALAN, 2011, 2013; SOUSA E ROCA, 2015) pela Universidade e na escola paraguaia focalizada, partindo das interpretações sobre as posturas e comportamentos linguísticos da equipe extensionista em contexto plurilíngue (como gestoras das línguas), bem como das discentes participantes das atividdes. A fim de colocar em discussão a situação descrita, optou-se por proceder uma pesquisa qualitativa e interpretativista (BORTONI-RICARDO, 2008) a partir dos relatos produzidos pela equipe extencionista. Depreende-se que há alguns desafios no desenvolvimento de um projeto integrado de ensino, pesquisa e extensão ao atuar em um espaço sociolinguisticamente complexo como é o caso da Tríplice Fronteira. Tal contexto reflete a necessidade ampla da formação universitária frente às necessidades e às descobertas experimentadas na própria instituição, na qual o plurilinguismo é cotidianamente vivenciado e insistentemente discutido, como em relação às políticas linguísticas adotadas nas ações que se realizam nas comunidades.Downloads
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