Grupo Clamor: história e memória na narrativa de Jan Rocha (2018)
DOI:
https://doi.org/10.48075/rlhm.v19i33.30255Resumo
Em 1978, a jornalista britânica Jan Rocha, o advogado Luiz Eduardo Greenhalgh e o pastor presbiteriano Jaime Wright criaram o Clamor, ou Comitê de Defesa dos Direitos Humanos no Cone Sul, grupo que tinha como objetivo acolher refugiados das ditaduras da América Latina no Brasil e divulgar o que estava acontecendo naqueles locais para a imprensa e organizações de direitos humanos. O grupo, que recebeu proteção da Arquidiocese de São Paulo, tinha uma perspectiva cristã ecumênica e atuava a partir da ideia chamada de “teologia das brechas”. O livro Solidariedade não tem fronteiras: a história do grupo Clamor, que acolheu refugiados das ditaduras sul-americanas e denunciou os crimes do Plano Condor, escrito por Rocha e publicado em 2018, narra a trajetória do grupo de sua criação até seu desligamento. O presente trabalho busca analisar o empreendimento da luta do Clamor a partir da perspectiva da memória, tanto da escritora como de seus entrevistados. Foi preciso, portanto, lançar o olhar sobre o contexto político em que as entrevistas foram feitas e o livro foi publicado, a relação do grupo com a fé cristã e a forma como as lembranças são mencionadas ao longo do texto.
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