Saúde mental dos acadêmicos de medicina do ciclo básico da Universidade Regional de Blumenau
DOI:
https://doi.org/10.48075/aes.v10i1.34049Palavras-chave:
Assistência Integral à Saúde, Currículo, Ensino, PandemiasResumo
O curso de Medicina da Universidade Regional de Blumenau passou por mudanças em sua grade curricular em 2019, modificando a distribuição de disciplinas e acrescentando a Integração Básico-Clínica. Assim, o novo currículo utiliza uma combinação de Metodologia Tradicional com Ativa, uma novidade aos acadêmicos, que muitas vezes estão acostumados apenas ao método clássico de ensino. Tal fato, atrelado à pandemia vivenciada globalmente, pode ser considerado como um estressor dos acadêmicos de medicina. Deste modo, a pesquisa objetivou buscar conhecimento dos índices de estresse, depressão e ansiedade nos discentes do ciclo básico. Trata-se de um estudo transversal, que utilizou a Depression, Anxiety and Stress Scales (DASS-21) a fim de analisar os efeitos com a mudança curricular. A análise dos dados coletados demonstrou que a busca por acompanhamento psicológico não foi prevalente durante o período, enquanto a prática de atividade física esteve presente na rotina de mais de 70% dos acadêmicos. Ademais, a quantidade de horas diárias extras destinada a estudos esteve no intervalo de 2 a 4 horas. A junção destes fatores pode ter sido a responsável pelos índices das variáveis estarem sem alterações na maioria dos acadêmicos abordados, como demonstrou o resultado do DASS-21. Sendo assim, infere-se que a mudança curricular e a pandemia não afetaram significativamente a saúde mental dos estudantes de medicina do ciclo básico do segundo semestre de 2021.
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